Dicas de Discos do Mês: Agosto/2020

Em um mês, uma grande quantidade de trabalhos musicais chegam ao mundo. Apesar de todo empenho da equipe do Música Pavê, nunca é possível contemplar tudo. A fim de chamar atenção para a impossibilidade de abraçar o mundo da música, começa aqui a seção Dicas de Discos do Mês, com álbuns que não deu tempo de comentar no momento exato de seu lançamento.

Mês a mês, os pavezeiros indicarão obras que não podem ficar de fora dos seus dias. Se deparar com um trabalho musical que mexe com você é muito prazeroso, então fica o incentivo de experimentar esses sons e ir além, se atentando às recomendações de outros veículos e até mesmo às sugestões de algoritmos. Nunca se sabe de onde pode surgir seu próximo disco favorito.

Eis as dicas de agosto de 2020.

Aminé – Limbo

Limbo se constrói sobre sons variados, experimentação e fluidez. Em seu segundo álbum de estúdio, o rapper norte-americano transita entre possibilidades sonoras, apresentando um disco diverso e recheado de boas participações – Summer Walker, Charlie Wilson, Youh Thung e Stepa J. Groggs são alguns dos nomes. O álbum é permeado por temas que giram em torno do amor, sem nunca perder de vista a questão racial, presente de forma direta ou indireta nas faixas. (Letícia Miranda)

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Jacob Collier – Djesse Vol. 3

Em mais uma edição de sua coleção de discos Djesse, iniciada em 2018, o produtor, cantor e compositor britânico apresenta um álbum com cara de mixtape no qual reúne muitas de suas loucuras artísticas. Convocando gente do naipe de Kimbra, Daniel Caesar e Ty Dolla $ign, Jacob constrói um pop estranhíssimo, um soul cheio de experimentações, dissonâncias e recortes. É uma obra que deixa o ouvinte sempre alerta, mas sabe convidá-lo para a dança. (André Felipe de Medeiros)

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Katy Perry – Smile

Apesar do título, Smile é um disco de emoções distintas. Se equilibrando entre um otimismo chiclete e uma melancolia sincera, o álbum parece um exorcismo terapêutico de uma artista que se viu fora das paradas mundiais com o disco Witness. Este, porém, é uma continuação propícia para o anterior. Smile é retrato de uma hitmaker em processo de amadurecimento e autoconhecimento – embora nem sempre ela se conecte com o ouvinte nessa jornada. (Nathália Pandeló)

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The Killers – Imploding the Mirage

Há sempre uma alta expectativa quando The Killers anuncia um novo álbum. Os bons singles My Own Soul’s Warning e Caution – muito bem escolhidos, por sinal –, no entanto, não fazem jus ao trabalho como um todo. A mesma expectativa é acompanhada de uma leve frustração ao se ouvir Imploding the Mirage, sexto disco da banda que, hoje, conta apenas com dois membros originais de fato ativos – Brandon Flowers e Ronnie Vannucci; as ausências Dave Keuning e do baixista Mark Stoermer são sentidas. Imploding the Mirage rende boas audições para aqueles que são fãs de The Killers, afinal Flowers continua com sua voz impecável, mas derrapa ao não trazer um novo fervor. (William Nunes)

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