Cobertura: Lollapalooza Brasil 2015
Dois dias, quatro palcos, muitas bandas: O Lollapalooza Brasil 2015 trouxe bandas de respeito entre favoritos do público e para criarem momentos memoráveis no Autódromo de Interlagos. E os músicos fizeram o que podiam, mas… Parece que faltou alguma coisa.
Esse comentário tem sido frequente desde o sábado, como se o evento estivesse um tanto arrastado ao longo de sua programação. Talvez tenha faltado a percepção de que algumas dessas bandas, por melhores e mais aguardadas que fossem, não entregariam shows tão explosivos quanto algumas apresentações em festivais precisam ser para dar aquele gás no cara que está lá desde o meio dia. Nesse cenário, os DJs brilharam mais do que qualquer um.
Mesmo assim, com uma infraestrutura melhor que no ano passado, todos temos lembranças muito queridas do festival. Eis o que alguns dos pavezeiros que passaram pelo Lollapalooza, a convite da Pepsi (e outros por contra própria), tem a dizer sobre os shows.
##Young the Giant
“Simples, barulhento e melódico. Nunca acompanhei a banda, mas o show me fez ouvi-la com novas perspectivas. Apesar do público pequeno, os caras não se acanharam. Ponto positivo para a belíssima Mind Over Matter, que balada!” (Rubens Filho)
“A banda está mostrando um amadurecimento sensível na sua sonoridade, e se isso não ficou claro com o último disco, Mind Over Matter, talvez tenha ficado com o show no Lollapalooza Brasil. Eles estão mais afiados, com a mão um pouco mais pesada, e o vocal de Sameer é intenso, envolvente. Quem já conhecia a banda teve muitos motivos pra sair satisfeito” (Nathália Pandeló, pela TV)
“De cantar de olhos fechados” (André Felipe de Medeiros)
##Scalene
“É impressionante ver uma banda nova como Scalene se portar tão segura no palco e mostrar um show cheio de nuances, que alternou momentos de peso com canções mais melódicas e um grande entrosamento. Sim, temos rock de qualidade no Brasil” (William Nunes)
##Foster the People
“Mesmo assistindo ao show de longe, eu consegui curtir demais. Deu pra ver como a banda amadureceu desde que se apresentou no Lolla da ultima vez. Com um jogo de luzes incrível e uma energia contagiante, não tinha uma pessoa parada durante o show!” (Carol Reis)
“Divertido como sempre, num show bem mais maduro que o do Lolla de 2012. Uma festa que poucos shows no fim de semana souberam fazer” (André Felipe de Medeiros)
##Jack White
“Que banda! Que repertório! Que Jack White! Que o cara toca muito, todo mundo sabe. Mas acho que ninguém estava preparado para a entrega que rolou nesse show. Cada música foi intensa e trazia algo de novo, fossem as releituras de The White Stripes, fossem as versões estendidas para as canções mais recentes. Jack parecia se entregar, e a banda com ele. E a gente recebeu, de muito bom grado” (Nathália Pandeló)
“Se alguém ainda tinha uma sobra de desconfiança de que Jack White seria o grande nome do Lolla, ela foi por água abaixo na noite de sábado. Incrível a capacidade de Jack e sua banda de passear pelo rock, blues e country. Se o músico voltar amanhã para uma apresentação no Brasil, tenho certeza que muitos não perderão mais uma vez (inclusive eu)” (William Nunes, pelo sofá)
##Childish Gambino
“Fiquei com medo que o show dele fosse ficar vazio, mas me enganei. Uma galera compareceu para prestigiar o rapper americano e ninguém foi decepcionado. Donald não parava quieto no palco e interagiu o tempo inteiro com o público. Incrível!” (Carol Reis)
##O Terno
“Só vi a primeira metade da apresentação, porque saí pra ver Interpol. Estava bem legal, mas aquelas primeiras músicas não estavam empolgando tanto quanto um show na chuva em um festival precisava animar. Me disseram depois que Tic Tac foi a melhor música, o que faz muito sentido” (André Felipe de Medeiros)
##St. Vincent
“Musa absoluta do festival, Annie sabe como cativar nossa atenção. Banda ótima, performance impecável e muitos novos fãs” (André Felipe de Medeiros)
“Foi um show simples e ao mesmo tempo impressionante. Annie Clark aposta numa formação pequena, com outros três músicos fazendo a base pra guitarra que ela não tem o menor medo de usar. Tem uma potência que ela não entrega de cara, quando fala com uma voz doce. Mas essa simpatia teve pouco espaço no palco, porque ela emendou uma música na outra, com até as menos conhecidas crescendo ao vivo. Me deixou com Cheerleader na cabeça até dois dias depois do show” (Nathália Pandeló)
##The Smashing Pumpkins
“Muitos aguardavam ansiosamente por este reencontro com Billy e os sucessos dos anos 90 – Ava Dore, 1979, Disarm, Bullet with Butterfly Wings e Today. Os maiores clássicos num único show e numa única voz. Indescritível. Billy melhorou muito, não é mais os Pumpkins dos anos 90, mas foi o melhor show do festival, na minha opinião” (Rubens Filho)
##Pitty
“Não foi à toa que Pitty carregou um grande público mesmo com o embate contra Foster the People. A cantora, já coroada pelos brasileiros, é uma das poucas artistas daqui que sabem transitar entre meio alternativo e mainstream. Mais uma vez, ela assegurou seu posto” (William Nunes)
##The Kooks
“O palco Onix lotou para ver The Kooks e ninguém lá ficou parado. Esqueça a roupagem juvenil que colocou os britânicos na mídia. Agora, a banda coloca todo mundo para dançar com a vibe lá em cima durante toda a apresentação. Está no top 3 de shows do domingo” (William Nunes)
“Não podem confiar demais na minha opinião, porque The kooks é minha banda preferida, mas o show foi lindo. Galera toda cantando, dançando e aguentando uma chuvinha de leve juntos. Eles nunca me decepcionam!” (Carol Reis)
##Baleia
“Arrancando sorrisos de muita gente que chegou cedinho pra ver o primeiro show do sábado, o sexteto entregou uma performance impressionante como sempre. O único problema foi a curta duração do show” (André Felipe de Medeiros)
##Robert Plant
“ Teve Led Zeppelin? Teve. Ninguém saiu chorando por não ouvir Whole Lotta Love, Black Dog e Rock and Roll. Mas o foco do show não foi nem de longe as músicas que Plant fez nas antigas. O que também não quer dizer que o repertório tenha sido de novidades. O clima foi do último disco, mas principalmente de blues com uma pegada de música africana. Nesses momentos, o público não parecia curtir tanto, mas acho que foi aí que a banda (Sensational Space Shifters, com direito a batera do Massive Attack) mais cresceu. Senti falta da gaita, pra dar um temperinho” (Nathália Pandeló)
##Interpol
“Interpol é uma daquelas bandas que se encaixam perfeitamente nas tardes de festivais mundo afora. Esquenta o público para os artistas principais e garantem uma apresentação de qualidade em cima do palco. A chuva que caiu na hora do show foi propícia para o estilo da banda!” (William Nunes)
“Assistir a Interpol na chuva e num dia cinza foi uma das melhores sensações que já tive. Soa depressivo, mas não é, porque as músicas de Paul Banks são incríveis e o povo entendeu isso perfeitamente. O Lollapalooza recebeu muito bem os caras, a banda se sentiu à vontade e o setlist, mesclando novos e velhos sons, foi extraordinário” (Rubens Filho)
##Alt-J
“A banda que eu mais queria ver no festival veio e fez um show… morno. Não sei se era o cansaço de fim de turnê, o calor insuportável do meio da tarde ou o que foi, mas as músicas ou estavam só muito parecidas com o disco, ou com menos energia. Faltou dendê” (André Felipe de Medeiros)
##Far from Alaska
“Foi um tiro certeiro da produção do Lolla. A expectativa pela apresentação da banda foi atendida e todo o peso do álbum modeHuman foi sentido ao vivo, com bateria-baixo-guitarra sustentando o sintetizador e o lap steel de Cris e a voz de Emmily. Ela, por sinal, esbanjou – acertadamente – o seu fantástico alcance vocal” (William Nunes)
“Uau, o que foi aquilo? As músicas são tão fortes quanto são hipnotizantes, do tipo que parece ainda mais curto de tão bom que foi. Quero mais” (André Felipe de Medeiros)
##Banda do Mar
“Um show ideal para uma tarde ensolarada no gramado” (André Felipe de Medeiros)
##Steve Aoki
“Como sempre, o DJ fez uma festa gigante para as milhares de pessoas que foram ao Palco Perry no fiml da noite. Ouvi pessoas comentando que o show passado dele foi muito melhor, mas todo mundo estava tirando os pés do chão durante a performance!” (Carol Reis)
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