Cinco Entrevistas Mais Bacanas de 2012
Desde que o Música Pavê entrou no formato “.com” que você está vendo aqui, nossas entrevistas exclusivas se tornaram os artigos preferidos da equipe e dos leitores do site. Em 2012, fomos atrás de muita gente boa do Brasil e do mundo para nos contar mais sobre seu trabalho, seja em frente ou atrás dos microfones, câmeras, computadores ou o instrumento de trabalho que for, sob seu ponto de vista.
Pudemos conversar com alguns ótimos nomes da cena independente brasileira, como Rafael Castro, Marina Wisnik e Lemoskine, e outros bem bacanas lá de fora, como os franceses da OHO e os ingleses da Toodar, além de ótimos fotógrafos que acompanham bandas, como Cesinha e o norte-americano Adam Elmakias – essas duas em parcerias com nosso mais que parceiro Atelliê Fotografia. Só gente boa, de SILVA a Violins.
Mas, chega de enrolação! Chegou a hora de escolhermos as cinco, apenas cinco, entrevistas que mais marcaram nosso 2012 – cada uma por seu motivo. Fica aí a seleção, enquanto te garantimos que já temos algumas cartas na manga para 2013 ser mais inesquecível do que você imagina. (Clique no nome do artista para ver a entrevista completa!)
##Nevilton
Um trio com nome de um só homem e um cara que vale por muitos – conversamos com Nevilton Alencar um pouco devorando um yakissoba no shopping e outro tanto sentados no chão de uma livraria em São Paulo no comecinho de março, isso meses antes de seu Tempos de Maracujá ser nomeado um dos melhores do ano pelos leitores do site e recebido indicação de Melhor Videoclipe no último Grammy Latino. Ele nos contou sobre a cena indie rock do país, as trilhas que a banda seguiria durante o ano, Los Hermanos e seus clipes. De quebra, ainda deu discos para toda a equipe Pavê – mas juramos que isso não foi levado em consideração na hora de montarmos a lista!
Música Pavê: Você é do tipo que pensa em música o tempo todo?
Nevilton: O tempo todo. Eu durmo escutando música, acordo escutando música, quando vou correr, quando dirijo, ainda arranjo tempo de ir em show, e ouço o tempo todo quando eu tô trabalhando – melhor ainda se o retorno estiver bom (risos). As pessoas acham que eu sou hiperativo, porque eu tô o tempo todo batucando.
Fazer uma entrevista por telefone é sempre a penúltima opção (por email seria a última), já que nada bate a naturalidade de um olho-no-olho na hora da cumplicidade que é um bate papo com um artista. A agenda não deixou nos encontrarmos com o músico paulistano, mas ele conseguiu ser ao mesmo tempo “profundo” e “fofo” durante a ligação quanto é nas músicas e no palco, o que mostra ainda mais o quanto ele é sempre sincero em tudo o que faz e porque sempre arranca elogios por onde quer que passa.
MP: O que você quer para seus novos vídeos?
Leo Cavalcanti: Quero explorar mais o campo audiovisual, encontrar estéticas, estender a composição da música com imagens. A canção não é uma coisa fechada em si só. É bonito ver isso também, ver a leitura dos outros sobre a sua canção, e eu vejo que é engraçado isso. Eu tenho reparado como com o Religar as pessoas falam: “puxa, essa música foi muito importante na minha vida por causa disso” e fazem comentários de coisas que eu não percebia antes. A canção tem vida própria, não pertence mais a mim. E isso é muito bom, ver que o filho foi pro mundo, já é um negócio independente.
A “velha e louca” foi super atenciosa na hora de responder nossos emails diretamente do Rio de Janeiro, sempre empolgada na hora de contar de seus trabalhos artísticos para além da música. A doçura que sempre vemos em suas canções está mais do que presente também em seu jeitinho de falar. E isso no ano seguinte ao seu Pitanga, que a colocou de vez entre os grandes nomes da música brasileira atual, sendo Velha e Louca um dos maiores hits do ano. Que venha mais Mallu em 2013!
MP: Qual música do álbum Pitanga melhor define este momento em sua vida ou carreira?
Mallu Magalhães: Pitanga é um retrato de uma fase da minha vida, muita rica em transformações, decisões. Um grande amadurecimento marca este trabalho em diversos pontos: na composição, nas temáticas, na coragem de assumir a sinceridade e a intimidade ao extremo, na musicalidade. Existe uma grande busca por uma estética autoral cujo caminho é sempre perguntar a mim mesma, em meu ponto mais abstrato, por alguma resposta para cada detalhe de sonoridade, acorde e nota… Enfim, sinto que me conheci, me fortaleci como artista me entregando inteira e intensamente à minha arte e, naturalmente, à minha personalidade e existência.
Esta banda goiana lançou sua bela estreia House of Tolerance bem no comecinho do ano, fazendo com que fosse uma das novidades mais faladas ao longo do ano. Meses depois, em setembro, quando saiu o clipe The Sad Facts, batemos um papo com o vocalista Luis Calil sobre esse início de jornada tão competente e os desafios que esse período traz. Guardem este nome, porque ainda ouviremos (e falaremos) muito sobre Cambriana.
MP: A banda está “dando certo” como você planejou?
Luis Calil: Ainda é muito cedo pra saber. Banda que “dá certo” é rara, e isso acontecer em menos de um ano de vida é mais raro ainda. Mas até agora a resposta do público e da crítica tem sido muito boa, o que pode ser um sinal de longevidade.
Não à toa, nossa entrevista com este músico/artista plástico/bicho-do-mato inglês foi uma das mais visualizadas em toda a história do nosso site. O que despertou a curiosidade mesmo de quem não conhece o trabalho do cara (ou mesmo não curte) é que ele, com toda a sua timidez e pânico de exposição, nos pediu para desenhar o que responderia, ao invés de nos dar respostas textuais convencionais. Daí, reduzimos as dez perguntas originais para só quatro (não podíamos abusar de sua boa vontade, né?) e o resultado foi melhor do que esperávamos, sendo um acréscimo incrível à sua música.
MP: Qual é a sensação de saber que outras pessoas se identificam com seus pensamentos e sentimentos?
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