Na certeza que você ouviu O Terno, Criolo, Onagra Claudique, Holger, SILVA e outros discos que demos bastante destaque ao longo de 2014, eis aqui uma lista de álbuns que, por um motivo ou outro, você pode não ter escutado – ou não dado uma segunda chance.
Vale a pena curtir cada um deles, aproveite que ainda dá tempo.
##Rua – Limbo
Polirritmia, uma poesia de tirar o fôlego e camadas sonoras que te convidam a um mergulho intenso fazem a experiência de ouvir o disco (o segundo da banda meio pernambucana, meio carioca) sempre marcante. Pode não ser o tipo de obra que você vai deixar tocando o dia inteiro enquanto faz qualquer coisa (apesar de faixas como Ortopedia – uma das mais bonitas do ano), mas sempre que você parar pra curti-la, será muito significativo.
##Metronomy – Love Letters
Depois de The English Riviera, com hits como The Bay e The Look, o grupo inglês investiu em outro processo de criação e decidiu fazer seu novo álbum em um estúdio analógico, bem diferente da pegada eletrônica com a qual ficou conhecido. O resultado é um trabalho de uma densidade sonora interessante para músicas com uma melancolia sempre interessante. Não é o que ninguém esperava – algo que sempre assusta parte do público -, mas rendeu um disco belíssimo.
##Keaton Henson – Romantic Works
Preferido de pelo menos metade dos leitores (e equipe) Música Pavê, o músico britânico nos surpreendeu em 2014 ao lançar um disco sem a sonoridade com a qual ficou famoso: Voz e guitarra (seja a elétrica ou o violão). Indo em uma direção completamente diferente, ele sentou-se ao piano e compôs um álbum de música instrumental todo orquestrado. Melhor ainda, fez isso sem perder em momento algum a alma demonstrada em seus trabalhos anteriores. Belo de doer.
##Coldplay – Ghost Stories
Talves este seja mesmo o pior disco que a banda britânica lançou em sua carreira, mas teria sido bem celebrado se feito por qualquer outro grupo, principalmente um de reconhecimento menor. É uma obra tão irregular em sua estrutura quanto coesa, com músicas de um minimalismo quase experimental para a megalomania de Chris Martin e sua turma e faixas muito diferentes entre si (incluindo a eletrônica A Sky Full of Stars). Ao invés de deixar de ouvir pelos motivos óbvios, talvez seja melhor escutá-lo pelas qualidades certas.
##Thiago Pethit – Rock’n’Roll Sugar Darling
O terceiro capítulo da história do músico traz uma ambientação mais “Berlim” (no sentido David Bowie do termo) e mais “decadente” do que nunca. Com arranjos mais pesados e músicas ainda mais provocativas, o cantor deixa clara não só sua mensagem, mas também seu merecimento de destaque em nossa geração.
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