Cinco Discos que Completam Dez Anos em 2015

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Sabemos bem que a boa música não tem data de validade e que ouvir um disco que escutávamos há um tempo é sempre garantia de uma viagem no tempo que nos relembra o caminho que a cultura caminhou no meio tempo, além de ficarem claras as mudanças que passamos como pessoa.

Por isso, sempre vale a pena relembrar alguns de nossos favoritos. Estes cinco álbuns saíram em 2005 e, mesmo que nós os associemos ao passado, suas faixas não envelheceram nem um dia. Faça o teste e comprove.

##Los Hermanos – 4

Não sabíamos na época que essa seria a última obra do grupo, o que faz com que nenhuma audição do disco hoje repita o efeito que ele causou nos ouvintes na época. Contudo, Dois Barcos ainda é misteriosa, Primeiro Andar é aquela faixa com que todo mundo se identifica e Pois É não perdeu sua força. O tempo escolheu que Morena fosse mais hit que O Vento4 entra como peça fundamental nas carreiras solo de Camelo e Amarante, já que muito do que os dois fizeram depois parece ter sido uma continuidade do iniciado ali.

##Death Cab for Cutie – Plans

O quinto álbum da banda de Ben Gibbard é lar de algumas de suas músicas mais emblemáticas, como a já clássica I Will Follow You Into the Dark. Se ouvir músicas como Crooked Teeth Soul Meets Body causará alguma viagem de volta ao passado, para a época em que você escutava todas essas no repeat, qualquer contato com What Sarah Said ainda vai parecer a primeira vez que ela entra em você. Plans é uma das provas mais concretas de que todo o carinho por esse grupo não é nenhum tipo de exagero.

##Franz Ferdinand – You Could Have It So Much Better

Trata-se do disco que nos deu Do You Want To, Walk Away The Fallen, alguns dos maiores sucessos do grupo escocês ainda extremamente celebrados em qualquer um de seus shows. De quebra, ganhamos músicas como You’re the Reason I’m Leaving e I’m Your Villain, mistos de humor ácido com melancolia dançante – uma das melhores características do grupo.

##Sigur Rós – Takk…

A banda islandesa virou sinônimo de “música para sonhar” ao longo de sua carreira, e Takk… é um dos melhores argumentos a favor desse título. A obra de post-rock revelou ao mundo faixas que continuarão sendo usadas em trilhas sonoras por muitos e muitos anos, como HoppípollaGlósóliSæglópur – mesmo se quase ninguém por aqui nesse canto do mundo saiba como pronunciá-las. São composições e arranjos oníricos que permitem um envolvimento grandioso do ouvinte com as músicas. Um grande marco para a carreira da banda e para o gênero, como um todo.

##Sufjan Stevens – Illinois

Também conhecido por Sufjan Stevens Invites You To: Come On Feel the Illinoise, o álbum virou referência para toda a obra do cantor e compositor norte-americano. Grandes orquestrações estão ao lado de músicas intimistas (como Casimir Pulaski DayJohn Wayne Gacy Jr.), enquanto Sufjan toca em assuntos graves ao lado de títulos bem humorados e diversas referências não só ao estado que batiza a obra, mas também à cultura estadunidense como um todo. Um trabalho magistral, não à toa chamado por muitos de “obra-prima” de Sufjan.

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