Cinco Discos Imperdíveis de Março/2016
Março costuma ser a primeira temporada de grandes lançamentos do ano (junho, setembro e novembro seguem como os outros pólos de novidades) e 2016 não teve a exceção dessa regra. Entre os muitos discos lançados no mês, estes cinco foram os que mais marcaram a época.
##Baleia – Atlas
O segundo disco da banda carioca veio bem como achávamos que seria: Grandioso, sem medo de expor sua originalidade e com muito conteúdo. Com um volume sonoro consideravelmente maior que o de Quebra Azul, o álbum de oito faixas concentra sua primeira metade nos vocais de Sofia e termina com a voz de Gabriel em pequenas narrativas de dramas íntimos, com as músicas fluindo naturalmente emendadas umas nas outras. É impressionante ao ponto de ser quase intimidador, mas, se você souber ouvir, perceberá seu convite ao abraço.
##BaianaSystem – Duas Cidades
Também suprindo todas as nossas expectativas, o grupo de Salvador lançou o álbum no aniversário de sua cidade. O que temos é uma obra que continua a trabalhar o caldeirão borbulhante de referências que a banda reúne em uma pegada contemporânea, sempre relevante e bastante divertida. É o mesmo alto nível dos hits Playsom e Lucro: Descomprimindo em doze faixas muito dinâmicas que devem gerar um dos melhores shows do Brasil de hoje.
##Esperanza Spalding – Emily’s D+Evolution
Já ouviu um disco que te desse frios na barriga a cada faixa? Bem vindo ao quinto álbum da britânica, uma coleção de composições ricas em arranjos precisos para comunicar a natureza múltipla e impressionante da artista. Nenhuma de suas doze faixas chega perto de alguma obviedade e traz inúmeras surpresas ao longo do decorrer da obra. É uma dissonância aqui, uma harmonia diferente ali, uma linha torta, um timbre inesperado ou uma virada no roteiro – o resultado é o queixo caído até se você já escutou algumas vezes.
##Céu – Tropix
Céu é uma dessas cantoras com um timbre vocal característico que já seria merecedor de atenção por si só, algo que fica em segundo plano (!) em meio às tantas boas escolhas que a artista faz a cada disco. Em Tropix, isso não é diferente, e o ouvinte é brindado com doze músicas cheias de personalidade e de altíssima qualidade em todos os sentidos, com um quê de nostalgia que não consegue retirar o aspecto tão contemporâneo do álbum. Ouça algumas vezes seguidas e, se viciar, melhor ainda.
##Zayn – Mind of Mine
Que o ex-One Direction capricharia em seu primeiro álbum solo, isso todo mundo desconfiava. Ao escutá-lo pela primeira vez, porém, há uma certa surpresa ao ver que o britânico optou por um disco que flui menos como o grande impacto de Pillowtalk e mais na pegada de BeFoUr (já candidata a uma das melhores do ano dentro do pop). Daqueles que você sempre vai ter a mão para quando quiser ouvir algo animado enquanto faz outra coisa, mas que também funciona para parar e ouvir com atenção.
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