Cinco Artistas para Conhecer o Electro-Pop Francófono

na foto: vendredi sur mer

A relação dos falantes de língua francesa com a música eletrônica é antiga. Em 1928, um músico e inventor francês patenteou o ondes Martenot, que pode ser considerado um dos primeiros instrumentos musicais eletrônicos. O que veio nas décadas seguintes estreitou os laços desse frutífero relacionamento.

Nos anos 1970, o belga Plastic Bertrand estourava com o hit Ça Plane Pour Moi, e nos 1980, Lio emplacou nas paradas com Amoureux Solitaires. Quase chegando nos anos 2000, Daft Punk e Air impactaram a música eletrônica francesa e também mundial.

Entre o charme do idioma e a irreverência musical, que tal descobrir o que está acontecendo agora na cena do electro-pop francófono?

Videoclub

Como se tivessem vivido durante a década de 1980, os jovens Adèle Castillon e Matthieu Reynaud reconstruíram a estética desse período em suas músicas e também em seus videoclipes. A parceria entre os dois, que também era romântica, chegou ao fim, mas deixou de herança um único álbum que estampa a nostalgia das discotecas em letras escritas no auge da paixão. 

Vendredi Sur Mer

Por trás da “sexta-feira no mar”, está Charline Mignot, que sabe muito bem como transformar referências em algo novo e palpável ao seu tempo. Misturando a sensualidade das chansons françaises com elementos do synthpop dos anos 1980, a cantora suíça cria uma experiência cheia de elegância para quem ouve suas músicas.

Agar Agar

Assim como a substância que dá nome à banda, a musicalidade de Agar Agar é capaz de atingir diferentes texturas. Criando música de uma maneira descompromissada, o duo francês – que opta por cantar em inglês – funcionaria tanto numa pista de dança dos anos 1980 quanto num cenário futurista.

Paradis

A partir de elementos da house music (um movimento da música eletrônica que fez muito sucesso na França nos anos 1990), o duo formado por Simon Mény e Pierre Rousseau constrói batidas e melodias que enriquecem o caminho primeiramente pavimentado por bandas como Daft Punk. Encontrando o equilíbrio entre intensidade e delicadeza, a sonoridade de Paradis parece construída artesanalmente.

Odezenne

Talvez a mais versátil entre todas as indicações, Odezenne fecha a lista. As influências do trio de Bordeaux vão do hip-hop à técnica do spoken word – utilizada pelo clássico cancioneiro francês Serge Gainsbourg, que cantava como se estivesse recitando uma poesia. O resultado da mistura é uma nova camada para o electro-pop, que ganha muito com os elementos emprestados de outros gêneros.

Compartilhe!

Shares

Shuffle

Curtiu? Comente!

Comments are closed.

Sobre o site

Feito para quem não se contenta apenas em ouvir a música, mas quer também vê-la, aqui você vai encontrar análises sem preconceitos e com olhar crítico sobre o relacionamento das artes visuais com o mercado fonográfico. Aprenda, informe-se e, principalmente, divirta-se – é pra isso que o Música Pavê existe.