5 Projetos Paralelos Brasileiros
Ter uma banda deve ser massa demais. Com todas as possibilidades que a atividade traz, impossível é não se sentir instigado com o devaneio. Sobretudo, quando imaginamos que, no pacote da aventura, temos as turnês ou a eternidade das canções.
Porém, como em tudo na vida, existe o outro lado, ou seja, o avesso da beleza. Nem tudo pode ser sol, construir uma carreira musical tem seus percalços e, em caso de banda, o agravante é maior. Contudo, a receita para o sucesso é velha, mas eficaz: o respeito é a chave para muitas conquistas. E, dentro de todas as desvantagens que sobrecarregam o músico, sabemos que existem os seres ligados na alta potência que, por meio de sua inquietude, ultrapassam limites, padrões e problemas. Esses são os que não se contentam com uma carreira sólida, mas conseguem repartir sua agenda deixando as férias para escanteio, com o intuito de saborear novos desafios. Nesse momento, peço licença para o uso de um clichê, que se faz necessário para caracterizar estes nossos amigos: “Definitivamente eles respiram música”.
Tanto respiram que, aliados ao amor sonoro, montam outras bandas, partem para a carreira solo e, certas vezes, surgem de repente em outras profissões. Desde que o lema seja “não parar”, se reinventam a cada temporada. Que o diga Jack White, músico que coleciona projetos. Com pessoas assim em mente, listamos cinco projetos nacionais que valem a pena ser ouvidos.
Passo Torto
O projeto envolve alguns dos nomes mais celebrados e requisitados da atual música brasileira. A escalação desse time começa pelo compositor e cantor Rodrigo Campos e integra também o cantor e compositor Rômulo Fróes. Já na cozinha, o trio é de respeito: estão o instrumentista Kiko Dinucci e o baixista Marcelo Cabral. Uma parada bem intimista, inclusive o álbum que marca a reunião dos amigos, lançado no final do ano passado, mostra bem o sentimento. E, para contemplar o trabalho, na semana passada, o projeto ganhou o prêmio de melhor grupo de MPB no 23º Prêmio da Música Brasileira.
3 na Massa
A reunião de Dengue e Pupilo, ambos do grupo Nação Zumbi, junto a Rica Amabis, membro do grupo Instituto, orquestrando as mais belas vozes femininas. Isso mesmo, o trio – além da inovação – é o responsável por uma das coisas mais legais feitas nos últimos tempos na música brasileira. O projeto consiste no seguinte propósito: reunir diversas musicalidades femininas num mesmo espaço, aliás, as vozes vão desde jovens cantoras a belas atrizes. Observem o naipe das convidadas: Leandra Leal (atriz), Marina deLa Riva (cantora), Alice Braga (atriz) e Nina Becker (cantora), entre outras. Com um álbum registrado, o trio já está em fase preparativa para o volume dois.
Les Provocateurs
Componente da extinta banda de rock Ira!, Edgar Scandurra é a cabeça idealizadora do projeto, uma turma esperta que canta sucessos da música francesa, sobretudo do cantor Serge Gainsbourg, que é uma das fontes principais para o nascimento do grupo, sem falar do restaurante francês do próprio Scandurra que foi importante em sua criação. Essas inspirações deixam claro o clima intimista que espera quem for aos shows, além da atmosfera parisiense e aquele clima descontraído com os amigos. Entre os integrantes, vale ressaltar que estão as cantoras Barbara Eugênia e Juliana R., ambas com uma carreira solo.
Del Rey
A turma do China (músico e VJ da Mtv) é um sucesso na noite paulistana, principalmente no Baixo Augusta, na casa de shows Studio SP. Sendo assim, não se espante quando der uma olhada na programação da casa é perceber que o show dos meninos está esgotado. A banda que é integrada por China e a galera do Mombojó, canta os sucessos do Rei Roberto Carlos.
Maquinado
O seu nome é Lucio Maia e o nome do grupo do qual é guitarrista se chama Nação Zumbi. Aliás, a banda parece ser integrada por incansáveis trabalhadores da música brasileira, já que o número de projetos paralelos que envolvem os mesmos é gigantesco. Por enquanto, dentre tantos, um dos que merecem ser conhecidos e ouvidos, é o Maquinado – trabalho que acompanha o guitarrista no seu universo, rodeado de citações contemporâneas e históricas, tudo jogado no liquidificador e desrespeitando a ordem das coisas. Vale ressaltar que o tipo de som que o Maquinado faz é um ritmo que desorganiza, ao mesmo tempo que pede para aumentar o volume no máximo. Ou seja, é visceral.
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queridão, da hora seu post.
mas, onde é que você me viu no Passo Torto?