5 Discos Muito Influentes do Início dos Anos 2000
Entre 2001 e 2010, a Indústria Fonográfica teve que se virar para sobreviver, adentrando a década com sua maior crise e terminando o período mais madura, com sonoridades novas que surgiram no meio do processo. Sua depressão econômica converteu-se em inspiração para músicos ao redor do globo e a música feita no começo dos anos 2000 ecoa até hoje – mostrando que a crise não abalou a criatividade de ninguém. Separamos alguns álbuns que influenciaram novas produções nos anos seguintes e que ainda deixam sua marca na produção musical. Queremos saber quais outros você vê como influentes, então deixe um comentário com sua própria lista (ou apenas algumas sugestões).
The Strokes – Is This It (2001)
Esse disco foi um divisor de águas na época, já que reinventou o garage rock dos anos 70 e fez com que as sonoridades mais sujas ganhassem novamente destaque de público e crítica. Começava ali toda uma geração de bandas que não lavavam o cabelo e que idolatrariam o rock de décadas atrás embaladas pelos riffs de Last Nite.
The White Stripes – White Blood Cells (2001)
Lançado quase que simultaneamente com Is This It, o terceiro disco da banda foi o último gravado de forma totalmente independente (e em um período de apenas uma semana). Fell in Love With a Girl alcançou sucesso comercial necessário para que a banda despontasse como uma das mais influentes de toda a década, fazendo uma boa dupla com o The Strokes para difundir o som que tanto marcaria o período.
The Shins – Oh, Inverted World (2001)
Enquanto essas duas bandas investiam em sons mais pesados, o The Shins conquistou um grande espaço na época com um indie mais tranquilo, tornando-se para muitos sinônimo para o gênero. Mais do que uma alternativa ao garage rock, músicas como New Slang, Caring Is Creepy e Know Your Onion parecem ainda hoje carregadas de uma novidade e pureza que o tempo não conseguiu levar, abrindo porta para bandas como o Arcade Fire.
Damien Rice – O (2002)
Se o The Shins virou sinônimo do que era indie, esse irlandês conseguiu o mesmo status com o pop folk (embora, para alguns, ele seja lembrado apenas como “música depressiva”, ou – pior ainda – como a original de É Isso Aí da Ana Carolina com o Seu Jorge). A questão é que ele pegou a tradição que seu país natal tem naturalmente em letras e melodias sinceras e criou uma obra que gerou diversos cantores voz-e-violão-e-coração-na-mão que nós ainda vemos por aí, desde os barzinhos até as trilhas de novela.
Los Hermanos – Ventura (2003)
Provavelmente a obra que melhor definiu o que é (ou o que viria ser) a MPB indie (que está tão em alta hoje em dia). Da brasilidade explícita (Samba a Dois), ao indie rock importado (Cara Estranho), passando pelo pop bem construído (O Vencedor), Ventura é uma daquelas obras cheia de canções que viram clássicas para o público sem nunca ter tocado em rádio, como Além do que se Vê, e obrigatória em qualquer discografia dos fãs de música brasileira contemporânea.
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Conte pra gente: Que outros discos poderiam estar nessa seleção?
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