2021 De Acordo com os Músicos – Parte 2

Aqueles que escutamos ao longo do ano também tiveram seus artistas que marcaram o ano. A convite do Música Pavê, dezenas de músicos e bandas relembraram o que mais ouviram em 2021 e apontaram os sons que lhes impressionaram, inspiraram e fizeram companhia nos últimos meses.

Prepare-se para recordar algumas músicas e conhecer alguns novos nomes que você vai querer levar consigo para o próximo ano e muito além.

Para mais conteúdo sobre os artistas, clique em seus nomes.

Acompanhe mais do especial 2021 do Música Pavê

Di Ferrero

Entre tantos destaques esse ano, pensei em falar de um artista novo que lançou um álbum interessante e cool de rock, que é o Turnstille. A linguagem dos clipes é muito boa e a banda tá afiada! Tenho que falar do álbum da WillowLately I Feel Everything, muito bom!

Niper Boaventura (Ego Kill Talent)

Descobri o Turnstile da melhor maneira possível: totalmente aleatório em uma playlist “descobertas da semana” enquanto corria. Parei na hora pra sacar qualé da banda. A música que me fisgou foi Holiday. Me lembrou Shelter, Helmet e outras bandas dos anos 90s. Apesar deles serem mais novos, carregam a estética nos vídeos, sonoridade e até no vestir. O legal foi que, no mesmo dia, comecei a mandar para amigos e vários tinham descoberto a banda naquela semana. Por exemplo: Fui buscar o Phil (CPM22) pra tomar uma e ele entrou no carro cantarolando “Holiday” do nada! Sonzeira demais, melodia, riffs e synths.

Thaís Gulin

Call Me If You Get Lost, do Tyler, The Creator. Sou fã do Tyler e, nesse disco, ele mistura coração partido com injustiça social, soul acústico com pop dos anos 60. É caótico e maravilhoso. Dos meus artistas preferidos.

Giovanna Moraes

Vou de Vivian Kuczynski, ela tá produzindo um monte de coisa bacana, com uma galera bem mainstream cavando espaço para mulheres na produção. Escreveu uma música com Pablo Vittar, produziu o disco da Alice Caymmi, produziu o show da Carol Biazin no Cine Joia (SP), fez a mix master da apresentação do Multishow da Marina Sena e a pós-produção dos singles do Scalene. Parece que ela tá no backstage de muita coisa bacana

Rodrigo Torrero

A artista do ano, pra mim, é Antonia Medeiros. Se você ainda não conhece, pode deixar que algum dos mais de 3.000 ouvintes mensais dela no Spotify vai logo logo te indicar (ou já está indicando, no caso). Em março ela lançou seu impecável álbum de estreia, Motriz. No resto do ano, no melhor estilo artista independente multi-projetos, ela botou a voz em inúmeros trabalhos com o grupo vocal Ordinarius e com o duo romântico Dois a Dois. E me disseram que já tem single pra 2022…

Paulo Novaes

A grande surpresa do meu ano foi conhecer o trabalho do Zé Manoel. Compositor, cantor e pianista impecável, lançou um disco maravilhoso chamado Do Meu Coração Nu (2020). O disco nos faz viajar sobre as questões mais urgentes de maneira firme e leve ao mesmo tempo.

O Cientista Perdido

Chegamos Sozinhos em Casa, da Tuyo, desentalou tudo que o brasileiro precisava cuspir num golpe só – e um bem certeiro. Eles dividiram ali todo um processo de procurar um canto só seu dentro do caos, que no fim foi um match bem dado de perspectivas. Uma conexão bonita pra caramba.

Tuyo

O destaque do ano pra gente com certeza foi a Bebé, que logo no primeiro trabalho se apresenta hiper madura, moderna e consistente no que escreve e na estética que imprime. Brincamos entre a gente que ela é o Kiriku da música brasileira.

Pedro Sá

Curti muito o último lançamento da Céu, Um Gosto de Sol, um álbum dedicado ao cancioneiro mais diverso, que vai de Rita Lee a Ismael Silva, passando por Jimi Hendrix e Grupo Revelação e muito mais. Uma espécie de ‘aglomeração’ de autores. Tem um sabor comemorativo, solar. Um lume em direção ao fim da caverna da pandemia. Creio que marca o primeiro respiro desta era e será lembrado por isso.

Nego Bala

MC Kevin foi o artista de grande referência que se destacou nesse ano. O moleque veio dando exemplos de como a gente pode ser independente no funk e isso, pra mim, é uma grande inspiração.

Biltre

Nossa dica de 2021 é nosso mano Chico Brown, que compôs junto com Marisa Monte a musica Calma gravada pela artista no disco Portas. Além da canção ser uma delícia, Chicão mostra sua versatilidade de multi instrumentista, compositor e músico foda! Generoso e genial!

LAN e Tuti AC (BADZILLA)

Neste ano, tivemos vários lançamentos de artistas irados, e a cena fomentando novos nomes pra gente ficar de olho em 2022. Vamos falar em especial do álbum Diretoria da Tasha & Tracie, que chegou causando de forma positiva na cena do rap. Contando com vários produtores que chegaram com excelência nos beat, feats de peso e, somada ao flow, escrita sagaz e cirúrgica da dupla. Esse trampo mostra que de fato é um dos grandes álbuns expoentes do rap pra gente ouvir e favoritar!

Crime Caqui

Uma artista que pra nós se destaca no cenário atual é a rapper Katú Mirim. Representatividade forte e necessária da voz indígena e periférica, além de ser lésbica e mãe, a Katú fortalece a cultura indígena através de suas canções, trazendo uma pauta que precisa urgentemente ganhar cada vez mais espaço. O trabalho dela é muito potente e é uma artista com quem gostaríamos de fazer parceria algum dia.

Flávio Tris

Um grande destaque desse ano (e do ano passado) foi Luiz Gabriel Lopes. Lançou nesse período dois EPs importantíssimos, retornando ao campo das canções afetivo-existencialistas depois de um próspero passeio pelo pop de massas. Escuta fundamental em tempos trevosos.

Rafa Martins (Selvagens à Procura de Lei)

Conheço Mateus Fazeno Rock há um tempo e sempre vi nele um artista multitalentoso. No primeiro disco, já chega chegando. As letras são corajosas, genuínas, me levam pra onde ele parece ter feito as músicas. Artistas como ele são necessários no Brasil de hoje e de amanhã.

Léo Norbim

Eu me surpreendi muito positivamente com o som de um cara, do qual eu não esperava nada menos, por ser um artista incrível e um amigo excelente. Novelo lançou o single Ciclos e, acreditem, todos vamos ouvir muito esse garoto muito em breve!

Roberta Campos

Pra mim 2021 é o ano do Almério e sei que reverberará por toda vida! Sempre fui fã do trabalho dele, ele é muito talentoso. Esse ano ele lançou o disco Tudo é Amor, cantando Cazuza, trabalho incrível e de muita personalidade. Merece toda a visibilidade do mundo!

Luccas Carlos

Pra mim, a “revelação” do ano foi Baby Keem. Ele é primo do Kendrick Lamar e primeiro artista da pgLang, nova gravadora do Kendrick. seu disco The Melodic Blue me pegou de surpresa demaislbum. O á mistura muito rap com as melodias que o Keem tambem sabe fazer muito bem. Pra mim, um dos melhores do ano.

Suzi Mariana

Sem dúvida nenhuma, Igor Gnomo me arrebatou com o álbum ‘Formiga Preta. Ele fez esse projeto com muita garra. As composições estão incríveis e ainda tem participações pra lá de especiais. Gnomo mostra um trabalho impecável e cheio de verdade. Ele traz toda força dessa simbiose entre Jazz, Rock e Nordeste. Respeito ainda mais a música instrumental e o que Igor Gnomo Group representa.

Paulo Ohana

Destaco o álbum Quantas Vezes a Gente Nasce?, da Maria Ó. Um disco de cantautora. Voz presente que afirma, questiona, transcende. Cada uma das oito faixas é um capítulo do processo de morte e renascimento, movimento constante da vida.

Gabriel Cavallari (O Grilo)

Mais uma vez, Pabllo Vittar foi longe demais… Ainda bem! O Batidão Tropical não teve medo algum de misturar sonoridades do sertanejo, brega, hiper pop e até drum & bass. Um álbum que na sua mistura inova o pop e nos presenteia com vários hits. Te amamos Pablo <3

Daparte

Acredito que nossa conterrânea Marina Sena chegou com tudo pra marcar essa geração. Já conhecíamos ela desde A Outra Banda da Lua e do Rosa Neon e ficamos muito felizes de nossa querida Minas Gerais ter cada vez mais gente foda representando! Um beijão pra Marina!

Gah Setúbal

Talvez seja a indicação mais óbvia, mas, sem dúvida, a revelação do ano pra mim foi Marina Sena, de quem ouvi e reouvi o disco muitas vezes desde que foi lançado há alguns meses. A simplicidade das músicas me atraiu muito, o fato da melodia conduzir as partes da canção enquanto a base se mantém a mesma é algo que tenho buscado em algumas músicas minhas. Também me chamou bastante a atenção a produção pois traz muitos elementos de uma MPB dançante e pop com vários elementos do dub.

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