2021 De Acordo Com os Músicos – Parte 1
Aqueles que escutamos ao longo do ano também tiveram seus artistas que marcaram o ano. A convite do Música Pavê, dezenas de músicos e bandas relembraram o que mais ouviram em 2021 e apontaram os sons que lhes impressionaram, inspiraram e fizeram companhia nos últimos meses.
Prepare-se para recordar algumas músicas e conhecer alguns novos nomes que você vai querer levar consigo para o próximo ano e muito além.
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Silva
Entro no coro e digo que destaque do ano pra mim foi a Marina Sena. Ela chegou com tudo, fazendo do seu jeitinho, cheia de carisma e com músicas deliciosamente pops. Virei fã no primeiro encontro.
Lucas Vasconcellos
Sem dúvida, no olimpo da relevância em 2021, Marina Sena desponta com um disco estelar e absolutamente inspirado e arrebatador. Marina, além de uma cantora e compositora super original, sabe ser uma jogadora veloz e surfa com destreza esse tsunami que ela mesma causou.
Ju Strassacapa (Lazúli/Francisco, el Hombre)
Gueto Elegance, primeiro disco da genial Badista é uma delícia no fone, na pista, nos beats, nas rimas. Desde sempre uma produtora fonográfica monstra, arrasou muito no primeiro disco!
Bonifrate
O segundo álbum solo do Lucas Gonçalves é uma obra com gosto de clássico. Canções e arranjos perfeitamente construídos. Um misto de conforto e aventura que caiu bem demais em tempos pandêmicos: a atmosfera da vitrola dos pais na infância, mas ligada ao presente sem medo.
Lucas Gonçalves (Maglore/Vitreaux)
Acho que a Jadsa mandou muito bem este ano com o lançamento de Olho de Vidr, que te pega nos primeiros segundos e te faz sentir como se o tempo parasse só para contemplar aquilo ali. Tudo muito bem costurado, as canções são ótimas, a ordem, os timbres, e é possível imaginar Jadsa sorrindo aquele riso lindo durante a gravação, além, é claro, de toda a paisagem que as letras vão pintando com certa facilidade.
Mariá Portugal
2021 nos presenteou com o primeiro disco solo do Índio da Cuíca, Malandro 5 Estrelas, lançado pelo selo QTV. O disco é lindo e já nasceu clássico, consagrando o meio século da espetacular trajetória do Índio na música brasileira.
Noubar (Cao Laru)
“Foi um ano em que muites artistes de bandas importantes reuniram suas criações pandêmicas e lançaram projetos solo. Neste movimento, Juliana Linhares me tocou muito. Com seu Nordeste Ficção, veio para consolidar sua potência enquanto cantora, intérprete e, agora, mais do que nunca, compositora”.
Mario Bross (Wry)
Acho que Vou Ter Que Me Virar da Fresno é um marco para o que vai se moldar na música nacional: usar da liberdade de transitar por gêneros, muitas vezes até conflitantes, para criar músicas sem estribeiras ou a obrigação de obedecer isso ou aquilo imposto pelo novo ou pelo velho.
Fresno
Pra gente o destaque do ano é nosso mano Sebastianismos, que, junto de outros nomes novos na cena, tá trazendo os holofotes pra um tipo de som que andava esquecido e que a gente ama muito. Muita garra e sangue nuzóio, como deve ser! Inclusive ouçam Cicatriza, nossa parceria com ele!
Owerá (antes conhecido como Kunumí MC)
O artista que se destacou pra mim neste ano foi o rapper Xondaro, do OzGuarani. O trabalho dele é de muita importância para a luta do povo indígena. Ele incentiva os jovens a não se enfraquecer e leva cada um a se libertar.
Márcia Guzzo
Para mim, a revelação no mercado independente esse ano foi o Yoún, com o lançamento do álbum BDX in Jazz. Tocando no Afropunk Brasil, é muita representatividade, diretamente da periferia do Rio de Janeiro, até na letra de Caetano. Os caras estão quebrando a banca e não é por menos. Sabe aquele love song gostosinho de ouvir? Tá no som dos caras!
China
Como estou sempre com os ouvidos atentos e de olho na nova música independente, pra mim, quem fez um trabalho incrível esse ano foram os paulistanos da banda Pelados. Lançaram um disco durante a pandemia, criaram várias ações virtuais interessantes, como o ótimo clube do disco no Instagram, e já estão terminando o próximo disco, tudo isso num ano tão difícil. Na minha opinião, fizeram um trabalho impecável.
A Transe
Para nós, Dolores Dala Guardião do Alívio – do Rico Dalasam – é um álbum que marcou 2021. As composições são ótimas e os temas abordados são verdadeiras aulas de vida e sensibilidade. Ouvimos bastante esse álbum, espero que com a volta dos festivais possamos encontrar o Rico nas lines desse Brasilzão.
RRocha
Eu apontaria Juçara Marçal como a nossa grande artista do ano de 2021. Neste ano tão denso, um disco como Delta Estácio Blues é algo fundamental para o país reconhecer e dar o seu devido valor. Ver isso representado por uma artista inquieta, que se reinventa, trazendo novas sonoridades do auge da sua estrada e caminhada, é um exemplo para todos nós.
BIKE
Delta Estácio Blues, da Juçara Marçal, é o disco de 2021. Incrível do início ao fim, produção e arranjos impecáveis, letras e colagens perfeitas, além de ótimas parcerias e a voz fantástica da Juçara Marçal.
Carol Faria
Pra mim, a revelação do ano foi Lucas de Castro, que lançou recentemente seu primeiro single: Barba na Tua. Música e clipe totalmente envolventes, dançante e digo também inovador em nosso cenário. Sou suspeita pra falar, pois, além de grande artista, Lucas é um grande parceiro na música e na vida, e que tem tudo pra ganhar cada vez mais espaço com seu trabalho incrível e com singles cada vez mais contagiantes como esse.
Lucas de Castro
Em um ano borbulhante de novidades, o álbum que mais ganhou os meus ouvidos foi El Madrileño, do C. Tangana. Repleto de misturas irresistíveis entre o clássico e o contemporâneo, o artista espanhol celebra a potência do encontro através da música em um momento em que eu (e muita gente, imagino) estava se sentindo sozinho. A mistura entre ritmos e gerações resulta no disco mais interessante do ano, permeado por colaborações que me soam afetivas e envolventes, formando um som fresh, com a pegada dos nossos tempos.
Tomás Bertoni (Scalene)
Já seguia a Clarissa há bastante tempo. Sempre gostei da simplicidade e sagacidade do que ela twittava. Quando lançou o primeiro EP, mandei mensagem elogiando e vi que tinha belo potencial. Simples (no melhor dos sentidos) e bem sagaz. Parece ter uma galera boa em volta também. Vai ser daqueles projetos que acompanharei curioso.
Marcelo Segreto (Filarmônica de Pasárgada)
Deixei pra escolher um destaque do ano até o último momento, pois estava esperando o lançamento do disco Lágrimas no Mar, de Arnaldo Antunes e Vitor Araújo 🙂 Destaque para os arranjos muito bonitos e interessantes do Vitor e para a delicadeza, simplicidade e precisão dessas canções mais recentes do Arnaldo, além das lindas releituras (Fim de Festa, do Itamar Assumpção, chegou pra ficar).
Zudizilla
Eu tenho muitos destaques positivos como Linn da Quebrada que lançou um disco LINDO DEMAIS, Rico Dalasam que também quebrou TUDO, Liniker também entregou algo aquém do status quo da música nacional, mas serei nepotista:
O Coruja BC1 foi magistral no Brasil Futurista.
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