Loui Jover – Impressão de Trilha Sonora

Imagino que as gerações do século 20 (e após ele) são as mais acostumadas a ter música por todos os lados. Por mais musical que uma sociedade anterior tivesse sido (e sabemos que todas elas possuíam cantos e instrumentos), tudo ao nosso redor exala música: é o toque do celular, a espera no telefone, qualquer coisa na televisão ou rádio (de vinhetas aos intervalos comerciais, sem deixar de lado as trilhas sonoras), assim como cinema e teatro ou estar em uma sala de espera ou elevador. Até os anúncios em autofalantes públicos possuem alguma musicalidade para chamar nossa atenção.

Com essa pluralidade toda, vamos voltar às trilhas de cinema, TV ou qualquer outra produção audiovisual. É raro alguma cena não ter sua música ao fundo, o que nos confere um novo olhar para nossa própria realidade. Já se pegou tendo uma lembrança de algo que você viveu e uma canção te vem à mente como se fizesse parte daquilo? Já não sabemos viver sem que a música dê o tom.

É nisso tudo que penso quando vejo parte da obra de Loui Jovier. Europeu residente na Austrália desde criança, ele cria pinturas em cima de papeis e colagens nas quais a música está sempre presente, de uma forma ou de outra. Ou ela é necessária à cena (no caso do balé), ou aparece ao fundo musicando visualmente a obra.

Ele mistura aparências clássicas com elementos pop e o resultado é mesmo música para os olhos. Veja um pouco do seu trabalho e perceba como os elementos musicais se fazem presentes, seja em maior escala ou em detalhes. Aproveite para rever como a música faz parte do seu dia a dia, mesmo em um nível inconsciente.

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