Coletânea: Chris Cunningham
O artista britânico Chris Cunningham foi convocado pelo lendário diretor Stanley Kubrick para comandar os efeitos especiais de A.I. – Inteligência Artificial, mas desistiu após um ano de trabalho para ir dirigir seus próprios videoclipes. Desde então, ele coleciona títulos como All Is Full of Love da Björk e High and Dry do Radiohead em seu currículo. Conheça mais alguns de seus clipes inventivos e visualmente ricos.
Aphex Twin – Come to Daddy (1997)
Foi esse o videoclipe que instantaneamente alçou Cunningham ao título de “genial”, eleito posteriormente pelo Pitchfork como o melhor dos anos 90. Nele, um cachorro urina em uma TV e, com isso, libera um espírito maligno. A cena do tal espírito encarnado gritando com a velha é uma das mais icônicas da segunda metade da década e todo o clima de pesadelo é memorável.
Placebo – 36 Degrees (1996)
Um ano antes, o diretor já havia lançado (sem tanto furor) alguns videoclipes, como esse no qual ele já trabalha os tons de azul que marcaram a videografia do final dos anos 90. É a menos fantástica das produções nesta coletânea, mas ela já denotava o talento do artista em trabalhar estímulos sensoriais em planos com a câmera em um eixo diagonal.
Madonna – Frozen (1998)
Ficou com ele a responsabilidade de comandar o primeiro clipe de Ray of Light, um dos álbuns mais importantes da carreira de Madonna (e daquela época também). Cunningham seguiu a ambientação sonora etérea da canção para compor uma obra memorável, dark e leve ao mesmo tempo.
Portishead – Only You (1997)
Em mais uma vibe de pesadelo, o diretor continua trabalhando os efeitos especiais ao mesmo tempo que explora o movimento de texturas e materiais – uma constante em sua obra que revela como funciona a mente de alguém que vem do trabalho com efeitos visuais no cinema.
The Horrors – Sheena Is a Parasite (2006)
A década seguinte foi menos produtiva em clipes para o diretor, que se concentrou mais em sua atividade com vídeos publicitários (por que eu não $ei), mas este aqui se destaca em sua videografia como a prova do quanto ele consegue absorver a atmosfera da época e aliá-la ao seu estilo pessoal. Saem os tons de azul dos anos 90 e entra a pegada vintage tão em voga nos anos 2000 e até hoje, mas sem em algum momento perder seu olhar sombrio e cheio de energia.
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