Pra Quê Ouvir Foster the People?

Das rádios de música pop às festas indie, passando pela MTV e playlists por toda a Web: Foster the People esteve em todas esse ano. Foi curioso ver gente pedante lamentando eles tocarem na Jovem Pan, enquanto outros enxergam só o apelo popular que o trio californiano tem, ao mesmo tempo que Perry Farrel os chamou de “jovens hipsters” no anúncio do line up do Lollapalooza e mais de uma vez já me vieram dizer que eles são galãzinhos demais pra terem tanto talento. Sempre que observo qualquer uma dessas situações, meu cérebro dá um play instantâneo em Call It What You Want (“chame do que quiser”), um dos sucessos da banda que comenta a necessidade das pessoas enquadrarem as coisas em conceitos pré-definidos. A questão é que Mark Foster (dono de um vocal muito característico e interessante, bem diferente do que costumamos ver no mainstream) e seus amigos sabem fazer música super acessível com um alto nível de qualidade nas composições, sem medo de um acorde dissonante aqui e outro ali, ou do uso intenso de elementos eletrônicos, porque sempre agradam no final. E se você ainda não entendeu qual é a da banda, aqui vão alguns motivos para você curtir Foster the People – logo depois de relembrar este que foi um dos maiores hits do ano:

Pumped Up Kicks

– Pra agitar uma festa com pessoas muito diferentes

Você chama uns amigos de diversos grupos, cada um curte uma coisa e não importa o que você coloque pra tocar, vai ter alguém de cara feia. Seus problemas acabaram! É só dar o play em Pumped Up Kicks e ver todo mundo cantando e dançando junto, sejam pessoas que curtem indie, o povo do pop, gregos, troianos, corinthianos, palmeirenses ou “jovens hipsters”.

Pra ser meloso sem ser brega em uma mixtape apaixonada

“E todo dia que você quiser desperdiçar, você pode”, diz o refrão de Waste e conclui com “eu vou te ajudar, por que eu quero muito estar com você”. Pois é, o disco Torches tem faixas dificílimas de serem descritas sem usar a palavra “fofa” pelo menos uma vez. É o caso de I Would Do Anything for You, em que Mark canta que está se apaixonando e nunca foi melhor antes, ou Miss You, com “eu sorrio com a chance de te ver novamente”. Fofo.

– Pra curtir os remixes

Uma das grandes vantagens do “meio” indie é a variedade de remixes de altíssima qualidade que surgem pela Internet. Com Foster the People não é diferente, e é só ficar atento que sempre pipocam versões caprichadíssimas em blogs e afins, feitas por grandes nomes dos remixes ou até mesmo por outras bandas.

Helena Beat (Lenno Remix)

Pra usar de trilha em vídeos de retrospectiva e trabalhos de faculdade

Foster the People é em 2011 o que Florence + The Machine foi em 2010 no quesito “pau pra toda obra”. É versátil, é alegrinho, fica legal em propaganda e em vídeos de formatura – principalmente se você ou as pessoas que forem assistir não falem inglês e não se preocuparem com a coerência da letra pra essas ocasiões.

– Pra usar de toque no celular

O meu é Helena Beat, mas Houdini – ou qualquer outra – fica bem também.

– Pra acordar

Não vou aconselhar a colocar Color on the Walls (Don’t Stop) ou Hustling (Life on the Nickel) como despertador, porque isso assassina uma música em poucas semanas. Mas vale a pena colocar pra ouvir no caminho para a faculdade ou enquanto você trabalha pra dar aquela animada. Funciona também em segundas-feiras e dias de chuva.

Pra ter mais um motivo de querer ir ao Lollapallooza

Esse ano, eles tocaram no SXSW, no Lollapalooza original, Coachella, vários programas de TV e uma turnê muito legal com o Cults. A questão é que eles são ainda melhores ao vivo do que no disco, e chegam ao Brasil em abril de 2012 mais maduros ainda no palco. Certeza que vai ser um daqueles shows que vão roubar a cena e marcar o festival.

Houdini (ao vivo no SNL, com participação de Kenny G)

 

Veja mais de Foster the People no Música Pavê e conheça nossa série As Caras de 2011 

 

Compartilhe!

Shares

Shuffle

Curtiu? Comente!

2 Comments on “Pra Quê Ouvir Foster the People?

  1. Último tópico: “ouça por ouvir”, porque eles vão mesmo conseguir te acompanhar (ou te salvar) qualquer que seja a situação.

  2. conheci eles pelo line up do lollapalooza,
    e estou viciada!!

Sobre o site

Feito para quem não se contenta apenas em ouvir a música, mas quer também vê-la, aqui você vai encontrar análises sem preconceitos e com olhar crítico sobre o relacionamento das artes visuais com o mercado fonográfico. Aprenda, informe-se e, principalmente, divirta-se – é pra isso que o Música Pavê existe.