Lady Gaga – Marry the Night
“Quando eu olho para minha vida, não é que eu não queira ver as coisas como elas aconteceram exatamente, eu só prefiro lembrá-las de uma maneira artística. E, verdadeiramente, a mentira disso tudo é muito mais honesta, porque fui eu que inventei”. É com essa narração que Lady Gaga abre seu clipe Marry the Night, que foi anunciado pela cantora como autobiográfico.
Ao longo de seus quase 14 minutos, o vídeo revela detalhes do passado de Gaga que – supostamente – nos dariam pistas para entender a personagem freak que ela criou. Mais do que isso, a narrativa acaba mostrando é que ela não se deu bem como uma artista convencional, daí precisar dos exageros para se destacar.
Ela também dirigiu o clipe e prova (mais uma vez) a grande entertainer que é, com muito talento para música e dança e sem fazer feio na hora de atuar – principalmente dentro da estética não-realista que esse videoclipe tem. E o maior mérito da produção é conseguir satisfazer os fãs (que, como sabemos, estão prontos para venerar qualquer lançamento dela), mas também fazer uma obra de qualidade e conceitualmente rica.
Mesmo se você não gostar de Lady Gaga, vale a pena ver pelo menos a introdução do clipe, com frases como “não é que eu sou desonesta, é que eu desprezo a realidade”.
Avaliação MP: 4/5
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