Papo em Dia: Anna Ratto

foto por elisa bezerra

Aqueles nomes que já apareceram pelo Música Pavê em algum momento no passado e deixaram saudades retornam para colocar o Papo em Dia com quatro perguntinhas.

Anna Ratto

O que aconteceu desde a última vez que nos falamos?

“Neste quase um ano, desde o último lançamento (o clipe Kaira, coincidindo com o fim de um ciclo de shows), estive mergulhada na produção desse novo trabalho. Nos intervalos possíveis da jornada (braba) materna e cotidiana, estava em estúdio com meus queridos amigos-mestres Liminha e Kassin, trazendo gente fera pra construir junto os arranjos das dez faixas que chegarão em abril às plataformas. Trocando figurinhas, naturalmente, com o meu ‘fio condutor’ – Arnaldo Antunes -, que praticamente me deu esse disco de presente. Costurando o repertório e entregando faixas!”

O que mudou e o que não mudou na maneira como você vive a música nesse período?

“Vou te dizer que o maior prazer desse álbum tem a ver com uma sensação quase nostálgica de me sentir fazendo parte de uma banda! Isso vem desde os shows do último trabalho. Quando fechamos a formação pra me acompanhar nas canções que fiz sob a produção de Liminha, era um momento final de pandemia, ainda delicado, quando éramos dois ou três no estúdio, usando máscaras… A produção teve as limitações do momento. A sorte e a vantagem foram ter Liminha como multi instrumentista gênio, mas a gravação possui camadas até o arranjo final. Nos shows, pudemos ser mais um ‘conjunto’, readaptando arranjos. É claro que contamos com os recursos da tecnologia, mas, desta vez, tive o prazer de reviver uma onda de banda no estúdio – ainda que, nem sempre, todo mundo junto, ao vivo. Mas, quando você ouvir, vai ter essa noção. Menos programação, menos loops, menos barulhinhos; mais execução humana. Batera, baixo e guitarra sendo base pra todas as músicas. E aí vem piano elétrico, teclados, violão, pandeirola, mais guitarras e barulhinhos todos (risos). Amo barulhinhos! Mas antes, o ‘corpo de baile’ tem que ter feito sua parte. A gente pôde explorar mais isso.  Acho que ainda sou old school, nesse ponto. A ‘garota da banda'”

Quais são suas novidades?

“No momento, o single com a incrível Fernanda Takai. Ainda caindo a ficha, porque Pato Fu foi referência na minha formação. Depois, a Fernanda ‘solo’. Sempre fui fã daquele timbre singular, meio misterioso. Da personalidade dela, doce e forte, meio ‘bossa and roll’! Honra e prazer imensos por ter Fernanda abrindo comigo as portas do que virá. Tem tudo a ver! Não poderia ter melhor feat

Quais outros artistas/bandas você tem escutado?

“Olha… É até engraçado dizer isso, mas eu ando numa fase bastante empenhada em mostrar ‘música fundamental’ para os meus filhos, que são pequenos (4 e 8 anos), mas já prestam muita atenção. Acho que música é uma forma de educar. Então, reouvindo a velha guarda todinha da MPB, do samba, da bossa, da Bahia. Acho que nem preciso citar esses nossos velhos conhecidos. Ouço também um pouco da turma mais contemporânea como Mariana Aydar, Francisco El Hombre, Céu, Juliana Linhares e Jeneci, mas também Bob Marley, U2, Michael Jackson, Beatles, Lady Gaga, The Police, The Smiths, The Strokes, Fleetwood Mac, Angra (eles amam Angra!). Tem um caldeirão diverso, mas tem se feito com capricho”

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