Duda Beat Celebra Sua Musicalidade Múltipla no Show “Tara e Tal”

foto: reprodução instagram @dudabeat

Em 2024, é de se surpreender quando a música ocupa o primeiro plano de um show que quer dialogar com o universo do pop – com corpo de baile, trocas de figurino e muitas projeções em vídeo que, juntos, promovem um espetáculo no qual o som é mero coadjuvante. À primeira vista, o que Duda Beat teria para oferecer na turnê do disco Tara e Tal é isso, a materialização do que a cartilha do pop exige no palco. Em pouquíssimos minutos, a apresentação nos lembrou que a artista pernambucana não consegue abandonar seus princípios musicais. Que bom.

Ao longo de mais de uma hora e meia, Duda, banda e dançarinas deixaram o grandioso Espaço Unimed, em São Paulo, mais caloroso, tomado pela também enorme variedade musical que a cantora construiu ao longo de apenas três discos. O aspecto eletrônico de Tara e Tal estava muito presente ao longo do repertório, mas houve espaço de sobra para os tantos estilos e maneiras de fazer música que a artista experimentou nesses últimos anos.

A presença de um trio de instrumentos de sopro ao lado da banda garantiu um som de corpo bastante robusto, do hit Bixinho à menos conhecida Egoísta (ambos do primeiro disco, Sinto Muito). Tangerina, de Tiago Iorc, continua no repertório, e Bryan Behr subiu ao palco no dia 16 de maio para cantar o dueto Azul. Liniker não pôde estar presente, mas a nova Quem Me Dera mostrou-se uma das mais queridas do público entre as do novo álbum. As duplas por aí mozão e NIGHT MARé, depois DRAMA e q prazer (apresentadas em sequência, assim como no disco), também resultaram em alguns dos ótimos momentos da noite.

Os singles que não estão em álbuns (Chapadinha na Praia, Meu Jeito de Amar e a sempre certeira Chega) também se destacaram no show, ao lado dos sucessos de Te Amo Lá Fora (2021), como Nem um Pouquinho e Tocar Você. Todo Carinho, do primeiro disco, gerou o momento mais bonito da noite, tocada logo após Bixinho, com a plateia em coro cantando o verso “todo carinho do mundo para mim é pouco”. É uma grande celebração da musicalidade múltipla, divertida e sempre excelente de Duda Beat, que comprava ao vivo ser o melhor que o pop brasileiro tem a oferecer hoje.

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