2023: Artistas que Marcaram o Ano

foto por hick duarte

Música é expressão, poesia e criatividade. É também cultura, mensagem e legado. Ela diverte, emociona e comunica. Parte dela é sociedade, outra parte é negócios. Em meio a todos os lados desse prisma, quais são os músicos cujas obras melhor explicam como escutamos música em 2023?

A equipe Música Pavê selecionou e comentou sete artistas que, de alguma forma, marcaram o ano. São nomes excelentes que, listados, oferecem um pequeno panorama não só do que passou por nossos ouvidos nesses doze meses, mas também como funcionou nosso olhar quando o assunto é música.

Acompanhe todo o Especial 2023 no Música Pavê

Ana Frango Elétrico

Cantora, compositora, multi-instrumentista e produtora musical, a artista tem se destacado ao longo dos anos, tanto com seus próprios trabalhos, quanto com aqueles que produz. Ana lançou neste ano seu terceiro disco de estúdio, Me Chama De Gato Que Eu Sou Sua, em parceria com selos do Brasil e do exterior. Um álbum pop maduro, que aborda temas como gênero e sexualidade, e conta com arranjos complexos e arrojados. (Lili Buarque)

Rubel

Rubel deve ter vivido pelo menos uns três anos em 2023. Sua jornada de herói começou com uma carta de amor à música brasileira em formato de disco duplo (20 músicas!) com vários nomes de peso. Tudo isso foi interrompido por uma cirurgia cardíaca delicada que o tirou dos palcos no meio do ano. Ele sobreviveu, se recuperou e termina o ano em turnê celebrando a vida, com seu coração mais forte do que nunca, e o coração do público quentinho como sempre. (Nuno Nunes)

Janelle Monáe

The Age of Pleasure, mesmo sem nenhum grande hit radiofônico, garantiu que o nome Janelle Monáe estivesse presente no imaginário popular em 2023 como uma figura de liberdade sexual, empoderamento e, principalmente, excelência na música. Como é bonito ver que não foi como atriz, nem como personalidade pública que ela venceu o ano, mas no meio musical em que ela ficou conhecida há mais de uma década – e vive hoje seu melhor momento. (André Felipe de Medeiros)

Jessie Ware

Um dos louros da artista inglesa nesse ano foi o sucesso na ambição de cobrir diferentes fases do pop/disco: você vai lembrar de Daft Punk, Spice Girls e Donna Summer, de Kylie, Gaga e Dua Lipa. Bancar isso com talento e seguir buscando construir novas e coerentes parcerias, construir uma turnê mundial e sair de um ano sem grandes escândalos – não é qualquer um que sai por cima assim. (Vítor Henrique Guimarães)

Caroline Polachek

Depois de lançar o elogiado álbum Pang, em 2019, e o single que impulsionou sua chegada ao mainstream, Bunny is a Rider, em 2021, Polachek não teve pressa. Mas, toda a paciência foi recompensada em 2023, quando a artista colocou no mundo o álbum Desire, I Want to Turn Into You, um trabalho que claramente não poderia ser feito a toque de caixa. Mostrou que tem um conceito artístico interessante e se consolidou como uma das vocalistas mais notáveis da música pop. (Guilherme Gurgel)

Marcelo D2

Pode ser um pouco redundante comentar sobre a importância de Marcelo D2 pra música, e pra cultura brasileira, desde a década de 1990 pra cá. Mas, em 2023, no auge dos seus 56 anos, Marcelo se reinventa – e reinventa de certa forma o próprio samba – em seu projeto solo Iboru, que não é “apenas” um álbum, mas é também ocupação, é história e é reverência. Um trabalho extremamente coletivo, mas que leva seu nome, uma ótima referência. (Diego Tribuzy)

Taylor Swift

Difícil falar sobre música mundial em 2023 sem citar a popstar. No ano em que lança a regravação de 1989, álbum de 2014 de hits como Shake It Off e Blank Space, o fenômeno “Efeito Taylor” impactou a economia mundial com números sem precedentes. A The Eras Tour se tornou a mais lucrativa da história, enquanto o filme da turnê entrou para o Guinness como maior bilheteria da categoria. Nada mal, hein? (Nathan Farias)

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