Kali Uchis: Cinco Motivos para Escutar “Red Moon in Venus”

Já nas particularidades da belíssima capa, Kali Uchis evidencia como Red Moon in Venus, lançado mundialmente em 3 de março, é um disco intenso. Desde os tons vermelhos presentes em toda a identidade visual, uma cor relacionada às paixões e emoções, a cantora indica o que o ouvinte pode esperar ao longo das quinze faixas do seu terceiro álbum de estúdio: Exuberância, sensualidade, intensidade e canções sentimentais. 

É incrível como, em toda a sua discografia, Uchis desafiou os limites da música latina e apresentou uma combinação bastante acertada entre R&B e pop. E esse cenário se repete, de modo ainda mais aperfeiçoado, em seu novo álbum, que passeia pelas possibilidades de ambos os gêneros, além de somá-los ao hip-hop e alt-pop, entre outros. 

Seja pela sonoridade, pela lírica ou pelas características estilísticas, cada canção de Red Moon in Venus carrega peculiaridades que prendem o ouvinte e deixam aquele gostinho de “quero mais”. Por isso, ouvir o disco em sua totalidade é uma vivência que merece ser experimentada com calma e atenção, para se afogar (delicadamente) na atmosfera inebriante proposta pela cantora. 

Pensando nisso, o Música Pavê listou cinco motivos para ouvir o terceiro álbum de Kali Uchis quanto antes.

Força Interpretativa

Para deixar a experiência ainda mais imersiva, toda a composição do disco parece trazer vários significados: das referências à mitologia e à astrologia (o título Red Moon in Venus, as percepções acerca da lua em Moonlight e outros), à dedicação em trazer temas de fácil identificação. 

Assim, o ouvinte consegue explorar múltiplas interpretações subjetivas (ou não) a partir de todo o conjunto da obra e das minúcias – que parecem ser encontradas tanto na identidade visual e quanto na produção sonora. 

Temáticas Identitárias

Kali Uchis reflete sobre as fases que experimentamos em um ciclo de relacionamento e sobre as consequências emocionais dos amores: Luxúria, desgosto, ciúme, paixão, etc. Por isso, é muito fácil se identificar com a lírica, visto que cada pessoa pode estar vivenciando uma situação específica em relação ao “todo” do amor e/ou do desamor. 

E, apesar do disco não seguir uma cronologia temática, as faixas parecem ter esse conceito propositalmente; afinal, não há regras e exatidão quando falamos em sentimentos afetivos. Isto é, não é possível prever quando será preciso enfrentar as próprias dores, traumas e emoções mais profundas.

Vocais em seu Auge

Nas canções de Red Moon in Venus, Kali Uchis experimenta seus vocais em novas formas, como não vimos anteriormente com tanta frequência. O sentimentalismo do disco transborda na voz versátil da cantora, que vai do sensual ao melancólico para dialogar diretamente com a lírica e sonoridade de cada faixa. Certamente, Uchis se encontra no seu auge vocal em seu terceiro disco de estúdio. 

Parcerias Certeiras

Omar Apollo (Worth the Wait), Don Toliver (Fantasy) e Summer Walker (Deserve Me) são os três convidados de Uchis para colaborações no disco – e as escolhas tiveram resultados fantásticos. As combinações de vozes e estilos foram grandiosas, e as três faixas têm ‘cara’ de hit.

Sonoridade Impecável

Embora Uchis faça sua clássica combinação de R&B e pop em Red Moon in Venus, seu novo álbum é mais conciso e menos variado sonoramente se comparado a seus discos anteriores. Dessa vez, há sons inovadores concentrados em um conceito mais consolidado – com ritmos mais lentos, fortes linhas de baixo e sintetizadores enérgicos para progressões mais marcantes ou mais fantasiosas.

Com tantos hits e ótimas qualidades, escutar o disco é também querer reescutá-lo na sequência.
Em vista disso, é hora de começar a se aventurar nas variadas camadas de Red Moon in Venus e ser convidado por Uchis para refletir, por meio de uma sonoridade bem executada e precisa, sobre os efeitos causados pelos (des)amores.

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