Especial 2021: Os Vídeos Ao Vivo que Marcaram o Ano
Após uma década de enorme presença na forma como consumimos música na Web, os vídeos ao vivo ganharam nova relevância nos últimos dois anos, sendo, em muitos casos, nossas únicas de oportunidade de conhecer aquelas músicas em versões fora do estúdio.
Dos muitos vídeos que o Música Pavê reportou, comentou e acompanhou ao longo de 2021, alguns deles têm tudo para ficar para sempre como referências de obras futuras, com um lugar especial também em nossa memória afetiva.
Veja abaixo lista selecionada, votada e comentada pela equipe do site, tanto para vídeos de curta duração, quanto especiais maiores – alguns até com entrevistas e aspecto documental.
Acompanhe mais do especial 2021 do Música Pavê
Curta Duração
Tiny Desk Meets AFROPUNK: Luedji Luna
Dentro do conteúdo do especial Tiny Desk Meets AFROPUNK, há uma apresentação primorosa de Luedji Luna, lançada também como vídeo individual. A cantora baiana – visivelmente confortável, leve, extremamente afinada, comunicando-se perfeitamente em inglês – canta três canções de seu mais recente álbum, Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água (2020), acompanhada de quatro virtuosos músicos. O curto show deixa um imenso desejo por mais. (Lili Buarque)
Vevo: Billie Eilish
Só as primeiras notas de violão já criam a atmosfera sensível dessa apresentação que emociona do início ao fim. Nesta versão acústica de Your Power, gravada em apenas um take, a câmera vai e volta pelo corredor, adicionando um elemento intimista à apresentação, além de potencializar a história da letra. Uma das melhores performances da Billie no ano. (Geovana Diniz)
Tiny Desk (Home) Concerts: C. Tangana
Uma família curtindo um som em um almoço de domingo e um espetáculo que resgata a música tradicional espanhola: as duas coisas cabem no Tiny Desk de C. Tangana. Com músicas do seu álbum El Madrileño (2021), o artista se une a um coro de parentes e amigos, ao lado de tradicionais representantes da música flamenca. A apresentação deixa claro quais são as raízes e inspirações para a música rica e vibrante do artista. (Guilherme Gurgel)
Giovanna Moraes – Baita Momento Peculiar
A inquieta cantora paulistana teve um ano bem movimentado: EPs, singles e gravações ao vivo, sempre com acompanhamento visual – algo já esperado para os conhecedores da artista. O vídeo captura a atmosfera quente do show, com a dinâmica afiadíssima da ótima banda que acompanha Giovanna. A performance da compositora, a câmera urgente, as luzes e reflexos criam texturas instigantes que transmitem o calor do palco. (Eduardo Yukio Araujo)
Tiny Desk (Home) Concerts: Miley Cyrus
Miley tem se mostrado um dos maiores nomes no mundo pop, escolhendo caminhar em uma direção que quase ninguém imaginou que ela tomaria. Em seu Tiny Desk, vestida como uma verdadeira rockstar, ela canta em um mini quarto de adolescente, tornando-a gigante naquele espaço pequeno. Miley mostra, com seu vozeirão e atitude, o quanto ela é muito maior do que aquela artista de anos atrás, que tinha seu rosto espalhado por quartos adolescentes alheios. (Carolina Reis)
Tiny Desk (Home) Concerts: Fleet Foxes
Com um violão e sua voz sensível e afinadíssima, Robin Pecknold exibe canções do mais novo álbum de seu Fleet Foxes, Shore (2020). A performance para a série Tiny Desk Concerts traz quatro faixas: Going-to-the-Sun-Road (com Robin cantando em português os versos gravados por Tim Bernardes), Sunblind, Featherweight e I’m Not My Season – todas traçadas em tons límpidos e meditativos, tão marcantes no ensolarado Shore. (Bruno Maroni)
Longa Duração
Conexão Balaclava: Terno Rei + Samuel Rosa
As canções da banda Skank, já enraizadas no inconsciente do brasileiro, ganharam uma roupagem indie após o encontro com Terno Rei. O especial rendeu três músicas intercaladas por ótimas conversas sobre o cenário musical. Samuel Rosa é uma entidade da música tupiniquim e a alegria do grupo paulistano, que está tocando com um ídolo, transparece ao longo de toda apresentação. Quem sai ganhando com o encontro de gerações é a música brasileira. (Nuno Nunes)
Criolo – Samba em Três Tempos
Criolo se arrisca – e manda muito bem – na interpretação de grandes clássicos do samba e composições próprias. Como o próprio nome sugere, a apresentação é dividida em três tempos: um primeiro de ternura e melancolia; um segundo de força e denúncia; e um terceiro de festa e deleite. Os três se somam para compor uma performance bem executada e com muita alma. (Marília Ferruzzi)
Juçara Marçal – Delta Estácio Blues Ao Vivo
Aqui, a música brasileira, fio condutor principal, recebe afluentes industriais, punk, folk e hip hop. A mistura de fluidos e cacos sonoros se ramifica nos braços de Juçara, Kiko, Marcelo e Alana. Então, a subversividade, o contraste e a beleza de Delta Estácio Blues desembocam em nossos olhos e ouvidos. É ao vivo – como é para qualquer força da natureza – que se experiencia todo o potencial de uma das obras mais fortes do ano. (João Barreira)
Tiny Desk Meets AFROPUNK
Esse show foi um combo de quatro apresentações incríveis: ChocQuibTown, grupo colombiano de hip-hop mandou muito bem, numa vibe funk e reggaeton; A cantora portuguesa Nenny e a porto-riquenha Calma Carmona mostraram diferentes faces do hip-hop soul; Mas o grande destaque é a nossa Luedji Luna, com sua voz incrível, nos dando aquela gostosa sensação de nos vermos bem representados. (André Moraes)
Tuyo – Chegamos Sozinhos em Casa | CSEC Fragmentos
O que dizem os fragmentos? Em uma série documental, poética e extensa, Tuyo mergulha na própria trajetória e compartilha momentos, falas, frases e pensamentos. Com sensibilidade e arte, questões e conversas estão disponíveis para todos nós, podemos conversar junto. Tudo isso circundado por música, intensidade e entrega. Tuyo e a performance de uma sonoridade atrelada à vida. (Letícia Miranda)
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