Lady Gaga – Judas
Não gosto de Lady Gaga. Suas músicas não me agradam (com exceção de Bad Romance), seu visual me assusta e sua atitude me preocupa. Me preocupa justamente pela juvenilidade de querer causar polêmicas só para “causar” e mover o mercado pop sem a inocência que sempre o cercou, mas com uma máscara de relevância cultural que um público ingênuo se educou a venerar.
Toda a comoção em torno de seus lançamentos – que param a Internet e viram notícia em todos os cantos – se repete agora com Judas, segundo single do disco Born This Way, que chegará às lojas no fim do mês. A começar por seu título, que fez movimentos religiosos reagirem (como esperado e planejado) muito antes de seu lançamento, o vídeo faz referências fáceis à Bíblia (como a coroa de espinhos e a lavagem dos pés) e traz mais do mesmo trabalho de sempre da cantora, com o destaque para a coreografia e as cores bem trabalhadas nos planos.
A idéia de trazer elementos medievais à cultura motoqueira ficou interessante no vídeo, como se as motos fossem os cavalos de nosso tempo, mas não consegue carregar tanto a atenção de quem não é fã. E talvez seja essa mesmo a proposta de Gaga. Como seu público já está bem definido há muito tempo e seu nicho é maioria dentre os consumidores do mercado fonográfico, não é necessário conseguir mais adeptos, mas apenas manter as expectativas de seus consumidores, ávidos pela libido monstruosa e o primitivismo dos refrões construídos em vogais que viraram marca registrada da cantora.
Update #1: O vídeo foi removido pelo site que o vazou. Assim que outra fonte o publicar, a gente atualiza aqui.
Update #2: Um usuário do Daily Motion capturou o clipe, mas com qualidade de áudio e vídeo péssimas. De qualquer forma, você pode vê-lo por enquanto aqui embaixo
Update #3: Vazou mais um vídeo, agora com uma qualidade um pouco melhor. Aproveite enquanto temos este:
Update #4: Pronto, agora com link definitivo.
Uma piscadela ao David La Chapelle em uma cena ou outra, tudo bem…
Agora, já é o segundo clipe dedicado INTEIRINHO ao cara. Se Paparazzi e seus assassinatos já é coisa que, na minha opinião, funciona mal fora do 10×15 brilhante, esse videoclipamento da magnífica série “Jesus Negão” do fotógrafo ficou grosseira.
Uma piscadela ao David La Chapelle em uma cena ou outra, tudo bem…
Agora, já é o segundo clipe dedicado INTEIRINHO ao cara. Se Paparazzi e seus assassinatos já é coisa que, na minha opinião, funciona mal fora do 10×15 brilhante, esse videoclipamento da magnífica série “Jesus Negão” do fotógrafo ficou grosseiro.