Em show, Castello Branco reitera propósito de “Sermão”

Falando ao Música Pavê logo após o lançamento de Sermão, Castello Branco afirmou que seu terceiro álbum tinha o “templo” como conceito. Se isso pode ser notado na obra, fica ainda mais evidente ao vivo. O show de lançamento do álbum em São Paulo (na Casa Natura Musical, em 09 de novembro) mostrou como suas músicas são eficazes ao promover a congregação – ou seja, o ajuntamento de pessoas sob um mesmo propósito – e, a partir disso, o indivíduo ali poder ter um contato com o outro, consigo mesmo e com o que não enxerga.

A banda que acompanha Castello (são cinco outros músicos no palco, incluindo Luiza Brina) ajuda a criar esse clima de integração. Em arranjos grandiosos, as músicas de seus trabalhos anteriores recebem uma nova cara que as coloca em paralelo com as de Sermão. Foi o caso de Kdq (do disco Serviço) e Coragem (de Sintoma), entre tantas outras celebradas pelo público – que foi preparado para saudar com a mesma empolgação as recentes Powerful e Geral Importa. Houve ainda momentos assumidamente introspectivos com faixas como Cola Comigo, Pãma e O Peso do meu Coração.

Entre mensagens positivas e muito afeto compartilhado, o músico ainda tentou uma dinâmica diferente ao ter metade da plateia cantando para a outra metade (o que foi válido mais pela intenção do que pela prática) quando o show já se encaminhava para o fim. Com direito também a trocas de figurino e cenografia, Castello comunicou sua intenção de promover um espetáculo à altura do volume de suas novas canções, enquanto não deixa de fora outros momentos da carreira tão queridos pelos fãs, reunidos ali para celebrar essas músicas e seus muitos significados.

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