Priscilla Alcantara: “Para a arte ser válida, é preciso honestidade”
Uma vinheta e duas músicas compõem O Final da História de Linda Bagunça, obra de cunho bastante pessoal que Priscilla Alcantara lançou nesta semana. No single/EP, a artista canta sobre suas experiências com ansiedade e depressão, em uma narrativa que promove a saúde mental.
“Carrego comigo a proposta de nunca produzir só entretenimento, mas também uma mensagem”, disse ela ao Música Pavê por telefone. Priscilla comenta que tem amadurecido essa sua perspectiva a cada lançamento: “Acho que, a cada um, eu consolido melhor minha visão de arte e faço uma plataforma mais sólida para me comunicar com as pessoas”.
Para propagar sua mensagem, ela escolheu uma estética pop e contemporânea, de grande facilidade tanto de assimilação, quanto de dissiminação. “É uma sonoridade que eu curto bastante”, comenta a cantora, “e tanto a escolha da linguagem quanto da estética são ferramentas que eu quero usar. É como se eu personalizasse o veículo (a música) que vai levar a minha mensagem”.
“Uso todas as ferramentas que eu tenho até onde me sinto bem, até onde eu sinto que estou sendo completamente verdadeira comigo e com minha arte, porque meus princípios são irrevogáveis. Independente da indústria, eu acho minha arte sagrada. E acho que, para a arte ser válida, é preciso honestidade entre o artista e sua criação. Por mais que a indústria me conduza à imagem de diva às vezes, tento sempre desconstruir de um jeito ou de outro, apesar de amar essa estética [do pop mainstream]”.
Essa pegada mais sensível e honesta pode ser percebida também no álbum Gente (2018), que ela descreve como “um divisor de águas na minha carreira, foi onde estabeleci minha identidade”. Nesse contexto, O Final da História de Linda Bagunça chega como “uma transição entre os assuntos do álbum, para eu poder partir pra outros. Se eu continuar honesta e fiel à minha proposta, vou poder comunicar muito mais nos próximos lançamentos”.
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