Marina Melo – Eita, Baby
Na vida não-virtual, no dia a dia, em meio às relações que se dão na esfera real, e palpável, da existência humana, não há como desfazer o que foi dito, não há como apagar as ações. No clipe de Eita, Baby, Marina Melo joga com esse aspecto do não retorno.
Em um momento de deslize algo escapa. Um “meu amor” foi dito. A distração pode evidenciar o que está inconsciente, e no fim, foi um sem querer querendo mesmo.
O videoclipe apresenta pequenos acidentes que sublinham a ideia da canção. Uma xícara quando se quebra não volta a ser a mesma, um momento de intimidade não se repete, não volta a acontecer de forma idêntica. Marina, Giovani Cidreira, Jadsa Castro e Marcelle usam o humor na música para dizer da espontaneidade da vida, desse lugar onde o lançar-se é não ter como voltar.
Laís Aranha, diretora do clipe, trabalha com muitas cores, trazendo o bom humor e a leveza. Constrói repetições e pequenas sequências que ajudam a fortalecer a proposta do trabalho.
Avaliação MP: 4/5