Conheça: Loyle Carner
Há uma chave muito preciosa dentro da trajetória artística de Loyle Carner: afeto. Ao executar o que pode ser compreendido como hip hop confessional, o jovem inglês constrói caminhos por meio da sensibilidade, expandindo suas composições para (e por meio de) amigos e família.
O som é muito importante. Vozes, ruídos, conversas… tudo ganha espaço dentro das faixas. Seu primeiro disco (Yesterday’s Gone, de 2017) estampa a coletividade de seus trabalhos. Além disso, Loyle não abre mão de sublinhar a importância de sua mãe e de seu padrasto em seu desenvolvimento artístico. Not Waving, But Drowning (2019), seu novo disco, abre com uma faixa dedica a sua mãe e fecha com uma faixa dedicada ao seu padrasto – a mãe de Carner, Jean, narra o encontro com Ben.
Loyle é um nome muito novo dentro do cenário inglês contemporâneo e não tem medo de colocar as cartas na mesa, tão pouco de contar com a participação de grandes nomes do cenário musical. Seu segundo disco conta com a participação de Jorja Smith, Sampha, Tom Misch, Jordan Rakei, Kiko Bun e Rebel Kleff.
Sutilezas e detalhes preenchem boa parte do trabalho do cantor, seja por meio dos desdobramentos audiovisuais – seus clipes ganham produções limpas, mas bem construídas e quase cinematográficas – ou por meio das fotografias que compõe das capas de singles e discos. A atmosfera familiar e íntima possibilita acessar as composições de maneira muito pessoal.
Loyle Carner toca o sensível de forma honesta, entregando materiais singulares e bem-conceituados.
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