Eram muitas Drik Barbosa em cima do palco na sexta, 27 de julho, a primeira das duas noites em que a paulistana levava o show de lançamento de seu EP Espelho ao teatro do SESC Ipiranga. O público viu a Drik cantora e a Drik rapper, a romântica e a militante, a que segura o choro e a que sabe quando soltar as lágrimas. “Essa noite é sobre realizar sonhos”, ela revela, “é possível pra caralho”.
Entre as músicas apresentadas, a artista contou um pouco sobre sua história no rap e r&b de São Paulo nos últimos dez anos. Duas figuras importantes e inspiradoras em sua carreira estavam presentes: Stefanie, sua parceira no grupo Rimas & Melodias, e Emicida, seu colega do selo Laboratório Fantasma. Juntos, os três cantaram Mandume (de Sobre Crianças…), faixa que deu a parte do público seu primeiro contato com as rimas de Drik.
Com músicas para dançar, mensagens sociais que precisam ser repetidas e muita emoção nas entrelinhas, o show Espelho traça um ótimo panorama de quem é Drik Barbosa – um talento capaz de nos dar hits como Melanina e Inconsequente, duas das faixas mais celebradas da noite. Como mulher, como preta e como um grande talento, é um retrato de um Brasil cuja voz, calada por tanto tempo, faz por merecer estar em todos os ouvidos.
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