Como Montar uma Playlist Perfeita
O desafio foi lançado há uma semana quando o Música Pavê perguntou aos leitores quais músicas entrariam em uma playlist perfeita. Por quê? Ora, como embaixador do Spotify, o site quer sempre buscar novas maneiras de entregar um conteúdo relevante ao usuário da plataforma, e a ideia de fazer a melhor seleção de músicas possível seria, além de um desafio divertido, a possibilidade de criar algo do interesse de nós todos.
Além da própria playlist, chega a explicação da trajetória de como chegamos no produto final, servindo tanto como um histórico do processo de seleção, quanto um “guia de dicas” para quem quer caprichar ainda mais nas próprias criações.
Sem mais delongas, eis nossa playlist perfeita no Spotify.
Conceito
Tudo começa com uma ideia, e para esta a gente queria que ela fosse versátil o suficiente para o ouvinte considerá-la boa (ou “perfeita”) nas mais diversas situações. Ter esse alvo bem definido ajudou muito na hora de tomar as decisões, como reportadas a seguir.
Vibe
Como cada um tem uma noção de que faixa fica boa para cada momento, foi necessário definir um clima muito específico que unisse todas as músicas. Para este, foi escolhida uma atmosfera “pra cima” sem muitos exageros, que dê aquele pique sem ser necessariamente super dançante. Que seja feliz sem precisar ser eufórica. Sabe?
Escolha de músicas
É, talvez, a hora mais divertida – ainda mais quando, neste caso, o pessoal mandou suas contribuições. Foi hora de parar, pensar no conceito e ir em frente buscando em discos e outras listas anteriores quais eram os sons que causavam o efeito que a gente queria. Foram priorizados dois outros critérios: 1. Nossas bandas favoritas (que, sabemos, fazem as melhores músicas), e 2. Faixas que você vai querer cantar junto para curtir aquele momento ao máximo.
Edição
Aí começou a ficar difícil de verdade, já que fomos vendo que algumas das que mais achávamos que seriam destaques na playlist não estavam, na verdade, combinando tanto com as outras. Nesse momento também, felizmente, várias das sugestões dos leitores abriram ideias para outras músicas daquelas bandas que ficariam ainda melhor do que as citadas. Foi difícil dizer adeus para as faixas que foram embora, mas vale a pena em nome da…
Coesão
Uma seleção fechadinha, com as arestas aparadas, na qual as músicas dialoguem legal umas com as outras e com o clima geral da lista faz toda a diferença.
Cadência
A ordem é importante sim, porque é ela que costura toda a ambientação que deixa possível Elza Soares, Arctic Monkeys e Beastie Boys estarem juntos em um só arco. Para isso, a gente pensa em qual o espaço que a anterior deixou para ser preenchido pela próxima, e as músicas podem combinar desde pelo tema ou estilo, até pelo tom e ritmo. Vale a pena deixar a sensibilidade falar mais alto para sacar qual deve vir depois daquela.
Teste e ajustes
Uma vez montada, foi hora de ouvir caminhando por aí, em casa e pegando o metrô, para entender qual um ou outro ajuste seria necessário fazer e, voilá, eis que ela estava finalizada.
Imagens (é pavê, né?)
Seguindo nossa tradição de ter uma das bandas como capa da playlist, a eleita foi Florence + The Machine, que não só abre a lista, como apresenta qualidade de sobra para carregar consigo um adjetivo como perfeita no uso livre que fazemos dele nessa ocasião. Da mesma forma, um filho de cachorro ouvindo música veio como a melhor coisa que poderíamos pensar, daí ele servir como ilustração do artigo.
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