Coletânea: Marisa Monte
Favorita entre os amantes de MPB nos anos 90, Marisa Monte foi uma das artistas que ajudou a disseminar a cultura de videoclipes no país. De produções simples a orçamentos caprichados, Marisa não parece temer a exposição e a entrega da interpretação nos clipes, assim como em sua música. Relembre e conheça mais de sua carreira videográfica com estes destaques.
Segue o Seco (1995) – Uma das primeiras produções de grande porte no Brasil, esse clipe foi o grande vencedor do primeiro VMB, levando para casa cinco prêmios, inclundo o de Videoclipe do Ano. Sob bonita fotografia com luzes áridas, vemos elementos da cultura sertaneja da seca no interior do Brasil até a chuva do final catártico.
O Que Me Importa (2001) – Fotografias tiradas pela própria cantora ilustram o clipe da triste canção, que aproveita sua expressão chorosa para prolongar a tristeza da letra. Assim, é como se música, que se conclui com o verso “para mim, a vida termin0u”, tivesse sua melancolia arrastada para o cotidiano, como se Marisa vivesse sua rotina e sorrindo, mas na intimidade ainda lamentasse o passado. As próprias fotos trazem um sentido dúbio ao vídeo, já que fotografias são memórias e a edição poderia ter sido não-cronológica, nos deixando sem saber o que é de fato passado e presente.
Beija Eu (1991) – Com uma produção bem caprichada para a época, Beija Eu traz a estética do vídeo no início dos anos 90, com suas tonalidades características das cores RGB e fotografia feita com luz direta, além de recursos simples como a movimentação da câmera e slow motion. O cenário de grande porte, figurantes e figurinos remetem às imagens da antiguidade clássicae do rococó, como o de Aleijadinho.
A Sua (2001) – O bonito videoclipe ao vivo foi tirado do DVD Memórias, Crônicas e Declarações de Amor. As luzes promovem a aura de fantasia com apoio das cores irreais. A simplicidade dos planos e cortes reforçam não apenas o caráter de clipe ao vivo, mas também a simplicidade da canção apoiada quase toda apenas em cordas.
Amor, I Love You (2000) – A música mais tocada no país em 2000 teve também um dos videoclipes mais vistos, pedidos e celebrados da época. Inspirado na obra O Primo Basílio de Eça de Queiroz, do qual Arnaldo Antunes lê um trecho no meio da música, o vídeo mostra uma história de amor e adultério na alta burguesia, com os dois cantores interpretando o casal protagonista. A produção representa não só o ápice da videografia da cantora, mas simboliza bem a atenção que as gravadoras brasileiras davam para essa mídia naquela época.
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Muita coisa bonita junta. Nossa.
‘Segue o Seco’ é perfeita demais.
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eu amo todas as musicas que ela faz são todas falando dos sentimentos mais profundos das pessoas.
por isso mim identifico com as musicas…….bj