Lady Gaga – Bad Romance
Lady Gaga cria uma coletânea de novos ícones no vídeo de Bad Romance. Parte do sucesso da música se deu justamente pelo seu videoclipe, que ajudou a perpetuar o visual monstruoso da cantora, aliado à coreografia e à performance dramática – todos esses elementos característicos do personagem que a artista interpreta nos palcos, videoclipes, entrevistas e até em sua conta no Twitter.
Em Bad Romance, o diretor Frances Williams (que tem em seu enorme currículo nomes tão variados como Janet Jackson, Bad Religion, Green Day e Ok Go) conta a história vivida por Gaga da moça capturada em uma casa de banho para ser leiloada para mafiosos russos. Toda a fotografia e direção de arte recria o ambiente amplo e frio, focalizando a cantora como o elemento mais vívido das cenas. A complexidade da personagem – a mesma repetida nos palcos – se mostra na sensibilidade das lágrimas que se rebela e é capaz de assassinar com frieza.
A visualidade tem tanta força quanto a música. Os enquadramentos são muito bem trabalhados e os planos dos diamantes enchem os olhos. A mistura do bizarro com o belo se dá tanto nesses elementos estranhos (como o figurino e os movimentos da coreografia), que por mais que causam estranheza conseguem ao mesmo tempo fascinar, quanto com a própria figura da cantora, que consegue ir do belo ao feio em apenas um corte.
Com tudo isso, Bad Romance virou um ícone instantâneo em seu lançamento em novembro de 2009. São poucas as músicas e vídeos que, hoje em dia, podemos já apontar como ícones de uma geração. Esse é um desses casos.
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