Primavera Sound ’13: Dia 2
## Segundas impressões
Segundo dia de festival, já não tem o mistério de onde estarão as coisas e como se locomover de palco em palco, assim que foi tudo um pouco mais tranquilo. A coletiva de imprensa do Local Natives estava marcada para as 18h mas atrasou um pouquinho, comentaremos mais sobre isso em breve aqui no site! Só posso adiantar que o clima na zona de imprensa estaba bastante informal e os caras são bem acessíveis. Vamos ao resumo do dia de hoje, do que consegui dar conta:
## Django Django
O quarteto abriu o dia no palco principal. O rock-eletrônico-psicodélico da banda britânica liderada por Vincent Deff atraiu aproximadamente as 5 mil pessoas que já estavam no recinto apesar do frio (e ameaça de chuva) que fazia. O repertório foi basicamente todo seu último e auto-titulado trabalho de 2012, com destaque para Hail Bop e Default. Álbum ou ao vivo? Ao vivo.
## Solange
Uma agradável surpresa do dia. A irmã caçula de Beyoncé mostrou muito carisma e desenvoltura no palco sem perder as facetas performáticas típicas dos americanos (posando para fotos por toda a extensão do palco, para o alívio dos 15 fotógrafos que se apertavam no espaço minúsculo do fosso de imprensa ali). Longe do status de diva, sua música indie/soul agitou bastante o público, que encheu o palco Pitchfork. Suas danças soltas e atmosfera descontraída contrastaram com apenas um par de boas canções do mesmo estilo, para dar vez também a músicas pop do início de sua carreira e os típicos floreios vocais. Mesmo assim, ponto alto para Some Things Never Seem to Fucking Work (no começo da apresentação) e Losing You. Álbum ou ao vivo? Álbum, apesar da boa vibração do show.
## Local Natives
Para mim, pessoalmente, o show mais esperado da noite. Dessa vez, me coloquei na linha de frente do público, já que imprensa só pode fotografar as 3 primeiras canções e o aforo era de 10 fotógrafos para a apresentação (sem contar que depois que se sai da área reservada, é impossível conseguir uma boa posição para seguir vendo o show). Primeira vez da banda no festival e segunda em Barcelona, havia bastante gente. Apresentações em festivais são curtas (50 min ~ 1h) e o repertório foi variado entre os dois álbuns que possuem, abrindo com You & I. As harmonias vocais de Kelcey Ayer e Taylor Rice, guitarras e percussão ganham ainda mais força ao vivo, coisa linda. Destaque para Airplanes, obviamente, Who Knows Who Cares e Heavy Feet. Álbum ou ao vivo? Ao vivo, definitivamente.
## Daughter
Segundo a fofa Elena Tonra, foi “[…] a apresentação para mais gente que já fizemos, obrigada por vir!”. As belas melodias, acompanhadas pela voz doce da vocalista, deixaram o público encantado e não foi para menos. Apesar da dificuldade de chegar ao palco Vice, o mais escondido de todos do festival, o público aproximava-se à 5.000 pessoas; claramente, apesar do tamanho e da potência do festival, ter palcos mais ‘pequenos’ para bandas como Daughter é acertadíssimo. Álbum ou ao vivo? Ao vivo, mas numa sala menorzinha e mais intimista.
## James Blake
Apesar da pouca idade (24) e a falta de hábito de atuar em festivais, o músico/produtor teve uma das maiores audiências do dia, no palco Primavera. Acompanhado de somente dois músicos mais, mesmo quem estava mais afastado não podia deixar de prestar atenção no que rolava ali. A voz doce do moço e os arranjos eletrônicos potentes fizeram da apresentação um sucesso, mesmo para os menos avisados. Álbum ou ao vivo? Os dois! Ao vivo ganha outra dimensão, igualmente interessante.
## Faltou ver: Blur e The Knife.
(queria ter o poder da multiplicação corpórea nessas horas)
## Shows aguardados de hoje (25.05):
19h40 The Sea and Cake
22h15 Thee Oh Sees
23h30 Camera Obscura / Dan Deacon / Nick Cave & The Bad Seeds
1h Liars
2h15 Crystal Castles / My Bloody Valentine
3h25 The Magician
3h50 Hot Chip
A programação completa do último dia pode ser vista aqui.