Sinta o Pulso: Great Balls of Fire

Para quem não conhece, a cena abaixo é do filme Great Balls of Fire!, (ou A Fera do Rock, como foi lançado no Brasil), de 1989, sobre a vida de Jerry Lee Lewis, interpretado por Dennis Quaid. O filme se passa nos anos 50, onde basicamente acontecia tudo igual aos dias de hoje, porém, o falso pudor disfarçava tudo muito bem. Jerry Lee Lewis parece que tinha as chaves dos corpos, destruindo as travas comportamentais com música. Carismático, impulsivo, excêntrico, louro e magnético. Casou-se com uma de treze. Aguardo você assistir ao vídeo e, então, falamos mais sobre o assunto.

Cultivo esta fixação pelas diversas maneiras do corpo exprimir-se a si mesmo. Tal êxtase que reaja involuntário a estímulos melódicos. Tal música enlouquecedora que solfeja em tons dissonantes.  (Não se engane você, cada bemol sabe bem o que causa na gente). Implantado no âmago este sopro intrínseco, deixa-nos nus, expostos e arrebatados num corpo envolto em claves. Borrifado também o perfume dos sustenidos subliminares, também propositais. Audível o som de socarem as notas as paredes do corpo e voltarem para a pauta, brincando com a mente. Descompassados, arritmia inspiradora!

Lady Gaga andou por aí utilizando os mesmos recursos. A música Speechless exerce um poder esquisito, entristecedor. Aproveitando-se do novo-pudor, hoje muito mais transparente, vestiu-se logo de nua para descomportamentar tudo. Desconfio o fogo ter acendido sozinho, estalado pela angústia interpretada. Neste caso, fazia-se de si mesma, cheia de impulsos, excêntrica, loura-magnética. Mais abaixo, perfomance de Speechless no AMA 2009. No vídeo, a partir do minuto 2:30.

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