Cinco Pares de Músicas que se Completam

Já ouviu uma música no shuffle e, na mesma hora, lembrou de outra? Não só por elas serem parecidas, mas porque uma parece pedir a outra, seja lá pelo motivo que for. Pensando nisso, separamos cinco pares de faixas que, por uma razão ou outra, se completam. Repare como, curiosamente, escolhemos canções que fazem parte de “primeiros álbuns” desses artistas ou bandas. Será que, em seus trabalhos de estreias, algumas músicas não conseguem ser fortes o suficiente por si só e precisam ser completadas? Confira nossa lista e tire a prova.

Kings of Convenience – Singing Softly to MeThe Girl from Back Then

Em seu primeiro álbum, Quiet is the New Loud, a dupla norueguesa parece ter dividido uma mesma música ao meio – como o próprio encarte denuncia, dizendo que as duas faixas são essencialmente a mesma canção. Em seu bom humor de sempre,  o que o duo fazia era dar uma pausa na DR que as duas metades formam quando juntas, como se retomasse o assunto sobre a “garota lá do passado” que o título da segunda música diz. É a mesma melodia com pequenas diferenças que fazem as duas funcionarem bem separadas, embora se completem.

Singing Softly to Me

The Girl from Back Then

Dry The River Demons Bible Belt

O disco de estreia da banda britânica, Shallow Bed, traz duas faixas que não são os lados A e B de uma mesma música, mas que fazem uma sequência muito natural de uma para outra, fazendo com que – a partir do momento que você as ouve juntas no álbum – elas pareçam incompletas quando separadas. Tudo bem que o finalzinho de Demons já carrega a melodia de Bible Belt, mas é que a primeira parece mesmo uma introdução para a outra, até por que a vibe do disco era antes delas bem diferente dessa melancolia toda que a sequência faz.

Demons

Bible Belt

Cícero, com João e o Pé de Feijão, e Caetano Veloso, com You Don’t Know Me

Por falar em introdução, o músico carioca sempre toca em shows essa música do artista baiano antes da sua. E isso não é à toa. É que, quando foi compor essa que é uma das faixas mais marcantes de seu Canções de Apartamento, ele usou a canção de Caetano (de seu disco Transa) como base para a melodia de uma história sobre se fechar para não se magoar e não magoar a pessoa a quem se ama.  Daí, a experiência só fica completa quando ouvimos as duas juntas.

You Don’t Know Me

João e o Pé de Feijão

Los Hermanos, com O Vencedor, e Marcelo Camelo, com Liberdade

Para o terceiro álbum de sua banda, Ventura, Camelo fez a música sobre alguém que não é “assim muito de ganhar” e que leva “a vida devagar pra não faltar amor” – versos que vem acompanhados de uma pegada animada com metais expansivos que fez dela um dos hits mais dançantes no show do grupo. Retomando o assunto em seu primeiro disco solo, Sou, o músico nos entregou uma composição muito mais intimista. É fácil ver que o eu-lírico é o mesmo nos dois casos, mas o que ele exclama em O Vencedor é aquilo que ele reflete baixinho, como se falasse sozinho.

O Vencedor

Liberdade

The White Stripes, com Seven Nation Army, e Jack White, com Freedom at 21

Quem também deu continuidade ao trabalho de sua banda em seu disco solo foi Jack White, que pegou o maior hino que fez no projeto com Meg White e se inspirou para um dos principais hits de seu Blunderbuss. Há quem diga que ele plagiou a si mesmo, mas são poucos os músicos que conseguem criar um refrão instrumental tão icônico duas vezes sem perder a mão ou a qualidade. Lançadas com uma diferença de nove anos, cada uma acabou marcando sua época e colocou White como um dos grandes nomes de nosso tempo.

Seven Nation Army

Freedom at 21

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