O “Blunderbuss” de Jack White
É impressionante: sendo o mesmo de sempre, Jack White sabe como nos inspirar!
Depois de se aventurar em diversos projetos, bandas e até mesmo como ator, o múico lança Blunderbuss, álbum solo que direciona novos rumos em sua carreira.
Pra mim, ouvir Jack White é cinema, é avistar paisagens não vividas ainda e conhecer personagens longes da vista que se vê. Se pensarmos que a sétima arte é um instrumento sensorial, as canções desse inquieto artista são para sentir, confundir, desorganizar tudo que já foi explicado antes.
E olha que não estamos falando sobre o máximo da música experimental ou o último dos gênios vivos em nosso tempo. O que rola nessas linhas é a regalia e o direito de dizer a vontade do coração, estar com a emoção à frente da razão e não ter medo de errar, seguir o rock cru de Jack e viajar com o embalo de suas letras.
Em seu primeiro disco solo, o artista de várias facetas não renova em termos musicais. Em determinados momentos, achamos ser uma nova música de alguma das suas três bandas (The White Stripes, The Raconteurs e The Dead Weather). Porém, se abrimos o leque da obra, reparamos que algo novo paira no ar – mas, o que seria? Arrisco dizer que a resposta para essa indagação é a atmosfera intimista, em contrapartida começando pelo título do disco (que remete a uma espingarda) ou até pelas canções que não respeitam a classificação. A leveza do trabalho se dá pela tranquilidade do próprio artista, que demonstra despreocupação nessa fase da vida. Em outras palavras, o velho Jack está se divertindo, cantando sem querer soar relevante.
Fugindo de qualquer estigma que posso conter, o trabalho mostra músicas para fazer bem. Nada mais do que isso.
O ouvinte pode até achar certos momentos mais inspiradores que outros, porém não se pode negar a coesão que existe e a vontade do fazer estando concretizada. A arte é rica por caber varias interpretações de um mesmo objeto.
É cinema pra mim, mas para você pode suar diferente. O importante é se inspirar.
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