Lady Gaga – Born This Way

Prova do impacto que Lady Gaga tem na mídia é a expectativa gerada em torno do lançamento de Born This Way, seja o oficial em 11 de fevereiro, a apresentação ao vivo no Grammy Awards dois dias depois ou o videoclipe que acabou de estrear através do canal YouTube/Vevo da cantora.

Como tudo o que ela tem feito ultimamente, o clipe já chega como cult tanto para a cultura pop juvenil quanto para a cultura gay, em sua grandiosidade mitológica (um manifesto da Mother Monster, como a narração indica) para afirmar seus ideais de igualdade homossexuais.

As referências pop estão principalmente nas luvas brancas e zumbis de Michael Jackson (uma escolha interessante, já que suas comparações à Madonna já se esgotaram definitivamente com a semelhança dessa música à Express Yourself), mas também na introdução Hollywoodiana, o chiclete e o feeling anos 80. Já a cultura gay está mais explicitamente presente, com seus símbolos característicos (arco-íris, triângulo roxo e unicórnio) e o visual fashion de Nick Knight, também um ícone na área.

O visual bem trabalhado, marca registrada do trabalho de Lady Gaga, está presente o tempo todo, com destaque para a sequência de dança e a linda fotografia que valoriza a pele exposta da cantora e dos dançarinos. Ao mesmo tempo, as sequências muito coloridas com usos de espelhos são de um gosto um pouco duvidoso, embora a estética do exagero proposta pela artista não consiga mesmo agradar a todos.

E percebe-se que o vídeo foi mesmo feito para os fãs. A maior celebridade pop da Internet já alcançou seu limite de público e dificilmente as pessoas começarão a ouvir seu som após assistirem a Born This Way, mas manter a fidelidade dos little monsters é importante em um mercado tão agressivo quanto o fonográfico, daí extremos como a obra da artista surgirem e marcarem época.

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