Conheça os clipes do Cloud Nothings

Os americanos Cloud Nothings são mais uma das grandes promessas da música internacional. Fazem rock simples e melódico, sem muitas frescuras, similar a bandas como Tapes’n Tapes e Beach Fossils. Lançaram este ano seu segundo (e principal) álbum e, agora, através de seus videoclipes (e por isso merece nosso destaque) começam a mostrar a cara; e chamar atenção de imprensa e público.

Seu recém lançado videoclipe, para a música Forget You All the Time, é um excelente exercício audiovisual (e também o melhor da banda até o momento), feito em cima de uma boa música do quarteto. Quem assina a direção é mais uma vez o novato John Ryan Manning (conheça mais do trabalho dele aqui ou aqui), que já tinha feito outros dois videoclipes para eles. Nesse, chama a atenção logo de cara o formato do vídeo, alto e estreito, que dialoga com o uso em blogs (como esse que você se encontra), e aproveita da versatilidade do site de vídeos Vimeo. Afinal, porque todos os vídeos que circulam na Internet (que não precisa ser 4:3 como na TV nem 16:9 como no cinema) têm o mesmo formato?

Algumas composições feitas em edição também ajudam a dar graça ao videoclipe, alternando entre dois membros da banda e dois atores. Confiram o resultado abaixo.

O mesmo diretor também fez o videoclipe da música Should Have, mais próximo da lógica do cinema (lembra o The Suburbs do Arcade Fire/Spike Jonze, não acham?), com uma estranha “degustação capilar”.

O director também provou outras linguagens no videoclipe de Hey Cool Kid, uma das melhores músicas da banda, ilustradas com imagens e textura dos anos 80 dialogando com a letra da música. Há outra versão em vídeo, feita por outro diretor e igualmente esquisita, para a mesma música. Veja abaixo as duas:

A lógica pessoas-esquisitas-fazendo-coisas-estranhas-em-subúrbios-americanos-com-visual-dos-anos-80 também marca o videoclipe da música Understand At All. Como o nome da música aponta, não tente entender.

E para finalizar, outro bacana (e também esquisito) videoclipe, desta vez para a música Nothing’s Wrong. Nunca um carrinho de supermercado tinha sido tão bem utilizado por uma banda.

Música despretensiosa em videoclipes esquisitos. Visual anos 80 e novas linguagens audiovisuais. Essa é a mistura dos Cloud Nothings. Gostou? Comente abaixo.

*Ricardo Kenski trabalha com edição e montagem há mais de dez anos. Estudou Rádio e TV em São Paulo, depois Cinema em Barcelona e hoje está de volta ao Brasil, trabalhando com televisão e escrevendo no Corta e Cola. Essa foi sua primeira colaboração no Música Pavê.

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