¡Que guapo! Manel – Dona Estrangera

Manel foi o primeiro grupo catalão que ouvi. Lembro-me perfeitamente do dia em que, na casa de um amigo, entre Voll-Damms e risadas, identifiquei sons realmente agradáveis e surpreendentes. Eram a música En la que el Bernat se’t troba, do primeiro álbum do grupo lançado em 2008 pela Discmedi: Els millors professors europeus, título que faz referência a um verso da canção Pla quinquennal.

Foi amor à primeira vista. Até hoje não me canso de ouvi-lo e continuo identificando belezas inéditas na harmonia de palavras e na precisão das melodias. Guillem Gisbert, Martí Maymó, Roger Padilla e Arnau Vallvé formam um dos grupos de música folk catalã que melhor representam o estilo de vida na capital Barcelona, marcado pela forte criatividade vestida com expressões delicadas e ilustrações surrealistas.

Se você nunca ouviu nenhuma das 12 canções desse álbum, posso lhe adiantar que à sua espera está uma obra com matizes a la Bob Dylan e persuasiva como uma pintura de Salvador Dalí.

No videoclipe de “Dona estrangera”, por exemplo, as curiosas cenas que sugerem a letra, como “quando fazemos amor, duzentos bailarinos otomanos rodopiam felizes ao nosso redor, batendo palmas e sorrindo”, são filtradas por momentos catárticos durante uma terapia em grupo na qual os personagens parecem liberar-se para o encontro paradoxal da alegria. Este clipe, dirigido por Sergi Pérez Mañas, ganhou o prêmio de Melhor Videoclip no festival Cinemad de 2008.

Enquanto vocês tiram suas próprias conclusões, “pujo en un tramvia groc, passejo entre obras del Barroc, em perdo en la Terra del Foc” (subo em um tranvia amarelo, passeio entre obras do Barroco e me perco na Terra do Fogo). Até a semana que vem.

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