O Que a Música Pode Fazer Por Você

pink floyd

A música me acompanha em todos os momentos. Os melhores e também os piores. Não tem nada que me acalme mais do que colocar o violão no colo e dedilhar um pouco. Ou passar algumas horas deitada de costas no tapete da sala com o vinil do Pink Floyd dando suas voltas na vitrola e na minha alma.

Eu não sei se você é supersticioso, se acredita em destino ou se acha que tudo não passa de uma grande coincidência. Eu não sou muito cismada com essas coisas, mas todas as vezes que 1979 do Smashing Pumpkins toca no rádio, eu sei que alguma coisa boa vai acontecer. A minha postura diante do mundo muda no mesmo segundo em que soam as primeiras batidas. O meu coração acelera. Eu sei que vai haver algo de extraordinário. Sei que alguma coisa vai fazer o meu dia ser melhor, ou que, no fim, as coisas vão dar certo. Sempre funciona. 1979 serve como um anúncio do destino me dizendo que as coisas vão ser diferentes, ainda que tudo pareça caminhar na direção contrária. E invariavelmente, a música acerta.

Digo mais: a única vez em que fui impedida de escutar a música até o final, não pude aumentar o volume, e curtir a música foi uma experiência interrompida, foi tudo por água abaixo. Naquele mesmo segundo, eu percebi que a vida não seria como eu queria. Que algumas coisas não dariam certo.

A música oferece uma experiência única e pessoal. Dificilmente uma música significará a mesma coisa para você e mais alguém. Se significar, entretanto, você pode estar sentado num café em Coimbra e ter o mesmo pensamento que outra pessoa do outro lado do mundo em São Paulo. “Está tocando Come on Eileen na rádio.”  E de repente viajamos os dois para aquele dia no cinema assistindo As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of being a wallflower). Estamos juntos, ainda que em cantos diferentes do mundo.

E que tal aquela música que eu coloquei no replay e escutei por dois dias seguidos para lembrar os últimos sensacionais momentos de uma viagem incrível. Entenda “viagem” como quiser. Na minha cabeçam tem ao menos uns três significados para esse termo – nenhum deles envolve narcóticos.

Música me traz uma experiência que nada mais pode trazer: a da satisfação garantida. Qualquer música, em qualquer momento, me fará sentir alguma coisa. E como “prefiro (inclusive) sentir dor a não sentir nada“, música nunca me decepciona. Ela tem o poder de me fazer sentir uma coisa, qualquer coisa, alguma coisa. Ainda que eu não ache que possa sentir mais nada.

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