Name The Band e uma nova turnê nos EUA

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(foto de Dalmiro Quiroga)

Há mais de um ano, o Música Pavê fez uma entrevista com o mentor do grupo Name The Band, Zé Monstro. Naquela ocasião, o vocalista e guitarrista do grupo paulistano comentou sobre o lançamento do álbum Just Add Sugar e os planos da banda. O interessante é que Zé deu uma pista do que o grupo estava aprontando e quais lugares iriam receber Name The Band e, no mesmo ano, a banda embarcou para os Estados Unidos, mais precisamente em setembro de 2014, para uma mudança fixa à Los Angeles. Os paulistanos decidiram embarcar com a turnê Flash Flood por lá e, pasmem, a turnê já terminou, dando início à mais nova empreitada do grupo: Summer Lush. Aliás, o single que dá o nome da turnê saiu há um mês (este aí embaixo).

Para entender um pouco mais sobre este processo de mudança do grupo, voltamos a falar com Zé Monstro para que ele nos contasse um pouco sobre como tudo aconteceu e como as coisas irão fluir daqui em diante.

Música Pavê: Vocês estão completando um ano de vida nos Estados Unidos. Como foi esta decisão de mudar?

Zé Monstro, Name The Band: Desde que eu idealizei Name the Band e escolhi voltar a compor em inglês, eu já tinha ideias de tentar algo fora do país, nos EUA ou Inglaterra. Mas foi depois de tocar no Lollapalooza Brasil 2013 que eu resolvi vir pros EUA e ficar três meses vendo como era a cena por aqui, as bandas e se seria possível trazer o NTB pra cá. Fui de carro de Los Angeles até Nova York viajando durante um mês e passando por vários lugares até perceber que L.A. seria o lugar ideal pra gente. Voltando dessa viagem, conversei com o pessoal da banda e todos toparam vir. Depois disso, começamos uma longa jornada que durou um ano até conseguirmos fazer a tour acontecer, entre marcar os shows, conseguir o visto de trabalho, vender tudo que a gente tinha e se mudar pra cá. Foi uma missão meio suicida, mas está sendo demais.

MP: Certamente a banda evoluiu com a imersão total nos EUA. Quais pontos você destacaria que ocorreram nesta evolução?

: Fizemos 61 shows na Flash Flood USA Tour. Compramos nosso equipamento todo aqui, uma van e caímos na estrada. Viajamos pra muitos lugares diferentes e longes da nossa casa aqui em L.A. Acho que o que mais evoluiu, com certeza, foram os shows. Você pode ensaiar a sua vida toda, mas uma banda só vai soar como uma banda depois de cair na estrada e tocar muito, passando por situações que temos que resolver, sem roadie nem seu próprio técnico de som e, às vezes, sem ninguém a não ser nós quatro. Essa “manha” você só aprende viajando e tocando ao vivo. E, é claro, a nossa relação de amigos/irmãos também se fortaleceu muito. Agora, estamos mais inseridos na cena, conhecemos muita gente e tal, mas no começo eramos nós “contra” todos.

MP: Quais as diferenças entre os mercados brasileiro e estadunidense, ao seu ver?

: Aqui, com certeza a concorrência é maior. Tem muita banda boa, tanto tecnicamente quanto musicalmente falando. E também tem muito lugar pra tocar. Os caras fazem isso desde os anos 50, então já está muito inserido na cultura deles. Mas acho que o maior contraste, e acho que isso deve existir culturalmente aqui há muito tempo, é a vontade e curiosidade do público em conhecer bandas novas e ouvir músicas que nunca ouviram. Tocar “cover” aqui às vezes pega meio mal. O pessoal realmente quer saber de musica autoral.

MP: Flash Flood foi uma turnê bastante produtiva, acontecendo em 18 cidades diferentes pelos EUA. Quais outros saldos positivos vocês destacam dessa turnê?

: Além de nos dar uma enorme experiência de estrada, conhecemos bastante gente legal por aqui, músicos, bandas, produtores, estúdios e isso com certeza nos inspira em muitos sentidos. Gravamos duas músicas novas, gravamos um clipe (que será lançado em breve) e vários vídeos ao vivo. Agora, temos uma booker que está cuidando da nossa agenda, então, aos pouquinhos a gente vai profissionalizando mais a banda.

MP: O single Summer Lush já foi divulgado. É a canção que puxa o novo trabalho da banda? Qual é a ideia do grupo para superar o álbum Just Add Sugar?

: Sim, será o nome da tour e do disco também. Já temos onze músicas novas prontas e pretendemos gravá-las entre novembro e dezembro. Sempre falamos brincando entre a gente que o disco novo será o Just add sugar 2, a continuação. No primeiro disco, eu compus e gravei as músicas sozinho. Neste segundo, estamos compondo mais juntos e a gravação de cada instrumento terá a personalidade de cada um. E como já disse, toda essa nova experiência nos inspira e dá ideias a toda hora. O disco novo vai ficar legal, estou louco pra começar a gravar logo.

MP: Voltam para o Brasil com a nova turnê?

: Ficaremos nos EUA até agosto do ano que vem. Mas queremos muito dar uma passada no Brasil e levar a tour para aí no segundo semestre de 2016. Vai ser incrível tocar as músicas novas e ver a reação da galera que curte a gente, rever amigos e tudo mais. Mas, por enquanto, vamos seguir com a Summer Lush USA Tour.

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