Led Zeppelin: Dia de Comemoração

 

Três velhinhos – com todo respeito – sentaram-se diante de uma audiência de jornalistas afoitos e sem saber muito bem por onde começar, no dia 21, após o lançamento em 13 de setembro do muito esperado pelos fãs, Celebration Day.

Cinco anos foram esperados para que Led Zeppelin resolvesse lançar o filme, causa de todo esse furor. Parece um tempo longo, mas John Paul Jones estava, na verdade, surpreso que isso tenha sido tão logo, convencido de que “Cinco anos são cinco minutos na história do Led Zeppelim”.

Celebration Day era para ser só mais um concerto, não havia expectativa, além da de conseguir terminar o show. No entanto, a qualidade de som e imagem, além da importância do momento, levaram à decisão de transformá-lo em um filme.

Como não celebrar uma trajetória tão fantástica quanto essa? Mas ao mesmo tempo, como celebrar uma trajetória como essa? Haveria uma forma ideal? Quando questionado se mudaria alguma coisa, caso pudesse refazer uma parte, Robert Plant apenas diz “eu não vou responder isso! what a f****** geek !!! ”

Inspiração e fôlego, eles tem; vem principalmente da enorme experiência, mas também, e não só, porém principalmente, do Blues, que exerceu um grande papel “sedutor” no caso de Jimmy Page e Robert Plant não hesita em enfatizar  ” o blues é o pulso da minha vida”.

Uma das jornalistas interroga quanto a uma discordância sobre a presença de Stairway to Heaven. Me parece uma pergunta inútil. Com um repertório tão vasto, imagino que seja minimamente impossível escolher as músicas que seriam tocadas. Da mesma forma, o que quer que fosse decidido, seria ótimo. Com catorze discos para escolher, a banda decolou e hoje plana calmamente sobre todas as outras como, definitivamente, uma das melhores bandas de rock de todos os tempos, senão a melhor.

Tem alguém que faça hoje o que eles fizeram e ainda fazem? Bem… John Paul Jones diz claramente que não. Eles tocavam uns para os outros, enquanto as bandas atuais tocam para a platéia, estão mais preocupadas com o público e menos uns com os outros. Robert Plant ainda cita Mumford and Sons como os únicos talvez capazes de fazer algo próximo no cenário musical atual.

A cereja do bolo no filme me parece a presença de Jason Bonham, filho de John Bonham, o baterista da formação original. É impossível não perceber que há uma grande dose de emoção envolvida nessa escolha e Plant indica que em certos momentos, foi Bonham, o filho, quem conduziu os outros músicos até o fim do show.

Um grande legado. Certamente o show será parte dessa história. Os senhores, com seus cabelos brancos, mostram que podiam se divertir mais quando eram mais jovens e que certamente é mais difícil levar um show após tantos anos. Mas, acima de tudo, The song remains the same– a música continua a mesma.

A coletiva de imprensa completa:

O site oficial da banda para mais informações sobre o filme: www.ledzeppelin.com

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