Faixa a Faixa: Coldplay – “Ghost Stories”

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Com uma carreira que é uma verdadeira “jornada”Coldplay chega a seu sexto álbum trazendo surpresas na ambientação e flertes com seu próprio passado, recente ou distante.

Algumas semanas após o lançamento, agora que já deu tempo de “sentir” o disco, alguns pavezeiros se juntaram pra comentar cada uma das faixas da obra, cada um com sua própria impressão do todo.

Concorda? Discorda? Tem uma terceira ideia? Comente também o que achou de Ghost Stories!

1. Always in My Head

Abrir o disco de forma objetiva, na medida, e sem exageros sonoros, foi uma proeza que Chris Martin eColdplay conseguiram fazer com maestria na faixa que levanta as cortinas de Ghost Stories. A proposta de uma mudança ousada em seu som é impactante logo de cara. Always In My Head, com seus sintetizadores radiofônicos, mesclados aos graves precisos das linhas de baixo e das guitarras reverberadas e “delayzadas”, é onírica, pura, leve e enche nosso coração com aquele sentimento de tranquilidade, lançando nossos pensamentos ao vento, dobrados como aviões de papel. (Matheus Pinheiro)

2. Magic

Dá para ouvir a evolução da banda claramente nesta música. A letra continua bem Coldplay, mas existem vários elementos novos. Podemos felizmente dizer que a banda evoluiu positivamente tentando usar técnicas diferentes e novas. (Carolina Reis)

3. Ink

Pouco depois das primeiras batidas eletrônicas, surge a melodia de um violão e você já entende que a canção se trata de uma balada. Uma triste balada sobre final de relacionamento. A tatuagem marcada na pele agora é só uma lembrança tão arrastada quanto a própria melodia. Não de propósito, há uma certa fluidez sonora que torna possível imaginar algumas gotas de tinta pingando. E pode ter certeza que doeu.  (Cristiano Hackl)

4. True Love

Como um hit encomendado pelos chefões, essa música tem todos os elementos que fizeram baladas como Fix You renderem milhões. Com um refrão frágil (“Tell me you love me/If you don’t, then lie to me”), a banda faz o que pode para deixar a encomenda com sua cara. A estratégia aqui foi uma guitarra que surge do nada e vai pra lugar nenhum lá pela segunda metade – um pequeno passo para o homem, um grande passo para a liberdade criativa. (André Felipe de Medeiros)

5. Midnight

Em Midnight, os caras do Coldplay me deixaram no escuro. Tanto, que dormi profundamente. Mas, em sonho, entendi que a escuridão da meia-noite, este lobo que padece, que caça, que sai em busca de luz, não o faria, se soubesse que a luz já vem ao seu encontro. Contudo, como em histórias da mitologia grega, o lobo tem fome de luz, que, por sua vez, se deixa ser presa, culminando no lindo espetáculo do amanhecer. Ambos tão opostos e contrastantes, no fundo, se atraem, são iguais. Um só existe para dar à luz o outro. (Anna Rinaldi)

6. Another’s Arms

Another’s Arms é uma canção linear que traz muitos recursos sonoros e falsetes. É uma música bonita que parece querer acalmar seu espírito e te levar em uma viagem bem longe dentro do seu pensamento. Ela te traz esperança e vontade de abraçar alguém. (Guilherme Canedo)

7. Oceans

Oceans traz uma certa nostalgia do Coldplay de X&Y e A Rush of Blood to the Head. A sutileza e simplicidade com que a música se apresenta faz com que tenhamos mais uma vez a banda de letras inteligentes e musicalidade única. Embora note-se que eles andam bebendo em outras fontes, Oceans prova que a identidade da banda nunca esteve tão forte. (Mariana Martins)

8. A Sky Full of Stars

Coldplay surpreendeu muito com o novo álbum. Uns insistem que é uma volta às origens, outros continuam falando que é um álbum solo do Chris Martin, mas o que se sabe é que, ao menos, o grupo tentou deixar uma marca dos últimos trabalhos em A Sky Full of Stars. É visível a influência de Every Teardrop is a Waterfall, há um clima bem colorido nesta música; os céus, de fato, brilham para o público – e Chris Martin ainda enxerga um céu cheio de estrelas. (Rubens Filho)

9. O

A canção que compara o amor a um bando de pássaros no céu (que uma hora passa por cima de você, logo depois já foi embora) ganhou como nome a singela letra que representa o oxigênio (uma condição básica para a vida) e que muito se assemelha ao zero, aquele vazio que fica quando os pássaros migram. Um encerramento que não passa batido. (André Felipe de Medeiros)

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