Faixa a Faixa: Arctic Monkeys – AM

arctic monkeys

Há mais de uma década na ativa, Arctic Monkeys passa por uma mutação constante de lançamento a lançamento sem nunca perder sua essência, como nos mostrou em 2013 com seu excelente AM.

O ano não teve show dos rapazes do Brasil e uma das melhores músicas do álbum, R U Mine, foi lançada em 2012, mas, mesmo assim, na hora de votarmos nas bandas que fizeram O Som de 2013, a qualidade do disco e a influência que o quarteto tem ao redor do globo foram o suficiente para ele ser escolha certa pela maioria dos nossos pavezeiros.

E como ouvir música e falar sobre ela é o que mais gostamos de fazer, nos juntamos pra comentar AM faixa a faixa. Dê o play e venha com a gente.

01. Do I Wanna Know

“Esta música, que foi lançada como segundo single do álbum, mostra um lado diferente da banda. É uma faixa que mostra o desejo por alguém como uma tortura. A batida e a letra são uma perfeita combinação para uma canção romântica. Uma composição bem pessoal que mostra um lado mais vulnerável.”  (Carolina Reis)

02. R U Mine

“É Arctic Monkeys na sua pura essência; mostra todo aquele lado rock que os ingleses quiseram mostrar desde o início. A diferença é que, nesta faixa, os Monkeys estão mais maduro se menos, mas muito menos, chatos. Arrisco a dizer que este é o maior e melhor single dos caras.” (Rubens Filho)

03. One for the Road

“Não dá pra negar que o AM mudou radicalmente como víamos a banda. Porém, essa é uma das faixas em que a batida me lembra um pouco os outros álbuns. Nela, eles continuaram com uma batida característica ao fundo, mas adicionaram os backing vocals e os “gemidinhos”. Os solinhos de guitarra, cada vez mais presente na banda, mostram a influência que estão pegando dos amigos do Queens of The Stone Age e acredito que contribuíram para a música ser dançante do jeito que é.” (Gui Moraes)

04. Arabella

“De longe, uma das músicas que você vai mais parar e pensar: ‘Peraí, eu tô ouvindo Arctic Monkeys?’. Longe de suas fórmulas e abandonando ainda mais o indie rock, a banda tenta deixa na cara que para amadurecer tem que experimentar sonoridades diferentes, mesmo fora da sua área de segurança.” (Rafael Rautha)

05. I Want It All

“A faixa segue desde o início com baixo e guitarras bem contínuos puxando uma batida mais pesada. Até mesmo na ‘quebra’ da música, o baixo traz peso e sentido à  letra, que é uma busca em querer tudo e que nunca para. É um ‘tudo’ que vem com dor e com loucura e que, no fim, só resta você sozinho ouvindo um Stones.  O solo de guitarra vem nesse momento, como um ápice, uma viagem.”  (Soraia Vieira)

06. No. 1 Party Anthem

“Música com um ritmo de love ballad, mas uma letra um pouco longe do romântico comum. A faixa foi comparada a canções feitas por Lennon e até mesmo Elton John. Realmente tem um ar meio antigo e mostra um pouco do Arctic Monkey que ouvimos em outros álbuns.” (Carolina Reis)

07. Mad Sounds

“Se por um lado até aqui o álbum te lembrava pouco dos meninos lá de 2002, agora você tem eles todinhos de volta. Com uma daquelas baladas indie-românticas e fofas que só eles sabem fazer, quase que uma assinatura para lembrar: ‘Não esquecemos de onde viemos’. Agora, só falta um clipe dirigido pela Sofia Coppola.” (Rafael Rautha)

08. Fireside

“Uma letra romântica e uma música sem muitos rodeios. Uma outra música faixa dançante, que em uma primeira ouvida pra mim não faria muita falta no álbum, mas, se você der uma segunda ou terceira chance, verá que ela tem seu valor. Aqui não temos a presença de solos de guitarra, de influências do QoTSA e nem um roquinho bacana, porém, depois da calma Mad Sounds, essa é uma música que tem potencial pra te levantar da cadeira e fazer dançar um pouco.” (Gui Moraes)

09. Why’d You Only Call Me When You’re High?

“Quando vem uma música e diz que “The mirror’s image, it tells me it’s home time”, é pra, no mínimo, parar e pensar. Taí, a música legitimou um comportamento que você, eu e todo mundo já sabíamos. Chega de se embebedar nos sentimentos que não têm futuro e muito menos presente. Parou o chororô, as ligações no meio da noite, os arrependimentos. Liga pra quem te quer.” (Anna Rinaldi)

10. Snap Out of It

“Uma ‘balada’ muito doce que pega de jeito quem tem amores mal resolvidos (vale ver a letra)! A música traz uma batida leve, mas muito dançante, diria também um tantinho ‘sexy’. Os vocais de apoio também não passam nada desapercebidos, pois dão uma melodia romântica e harmônica à música. Delícia!” (Soraia Vieira)

11. Knee Socks

“É reflexo da influência pop que impera na ilha britânica. A maturidade dos Monkeys os fizeram criar baladas incríveis. Alex Turner abusa do sotaque no início da canção para avisar que ‘sim, somos da Terra da Rainha e sabemos fazer um pop bonito também’. (Rubens Filho)

12. I Wanna Be Yours

“Tem horas que a gente se sente tão entregue à vida, à música, ao amor, a uma nova amizade, ou ao que for que nos apaixone, que nem percebe as mentiras que conta. Acho essa música uma grande balela. Ninguém é assim tão disponível.” (Anna Rinaldi)

Curta mais de Arctic Monkeys e da série O Som de 2013 no Música Pavê

Compartilhe!

Shares

Shuffle

Curtiu? Comente!

Comments are closed.

Sobre o site

Feito para quem não se contenta apenas em ouvir a música, mas quer também vê-la, aqui você vai encontrar análises sem preconceitos e com olhar crítico sobre o relacionamento das artes visuais com o mercado fonográfico. Aprenda, informe-se e, principalmente, divirta-se – é pra isso que o Música Pavê existe.