Entrevista – Ember

Hoje em dia, não é nada incomum ver uma banda tomando as rédeas de cada processo de sua produção – desde assessoria até mixagens no estúdio. Sendo assim, dentre o enorme número de coisas para fazer em uma agenda apertada, as chances de cair no lugar-comum são muito grandes, ou mesmo ver a qualidade de algumas dessas áreas ser atropelada pela pressa. Quando conheci o pessoal da Ember, logo percebi que dinâmica ali era outra – uma bem diferente dessa geração.

O grupo de pop rock eletrônico formado em 2009 por Patrick, Sushi, Lin, Léo e Pv – todos entre 18 e 21 anos – nos mostra que eles sabem quando e onde investir, seja dinheiro ou tempo, mesmo que isso signifique arregaçar as mangas e desenvolver até mesmo sua própria comunicação visual. E foi sobre isso que conversamos com eles em algumas trocas de emails e MSN que fizemos nos últimos meses, nas quais ficou bem claro como eles trabalham coletivamente e só executam uma idéia quando chegam em um consenso – até mesmo responderam os emails em uma só voz. O resultado você confere aí embaixo.

Música Pavê: Como vocês decidiram fazer por vocês mesmos a comunicação visual da Ember?

Ember: Pelo fato da Ember ser uma banda independente (e como toda banda independente tem o mesmo problema: falta de recursos), toda reunião que fazíamos a gente chegava a conclusão que, se a gente fizesse toda parte visual da banda, teríamos dinheiro pra investir em outras coisas e nisso caímos de cara nós mesmos na produção visual da banda.

MP: Vocês se inspiraram no trabalho que outras bandas já fizeram para criar o visual de vocês?

Ember: A gente sempre tentou passar uma imagem inovadora, diferente dos lances que já estavam na cena e sem perder a nossa identidade. A gente foi pegando influência de vários artistas de fora e é essa mistura de idéias que acaba se tornando o visual de cada um dos integrantes.

MP: Como vocês combinam o som de vocês com as imagens?

Ember: Tentamos sempre fazer essa ligação de uma forma simples: a parte Dark com o Rock, que é a “cara” da banda, e a parte que é mais “tendência” com o Eletrônico, mas sempre criando um vínculo pra continuar firme com a identidade, e o foco/proposta da banda. A gente tenta se influenciar ao máximo na arte retrô-futurista, porém usamos roupas mais neutras pra destacar a arte em si e não destoar tanto uma idéia da outra.

MP: E qual é o maior cuidado que vocês tem na hora de trabalhar a comunicação visual?

Ember: Apesar da Ember trabalhar com a imagem e o som associados, sabemos que são coisas diferentes, aí queríamos aproximar ao máximo a relação som/imagem, tornando ambos coerentes.

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