Dez Artistas e Bandas que Resumem 2016

É redundante afirmar o quanto 2016 foi um ano estranho para o mundo inteiro, visto que o número já praticamente virou sinônimo para um acúmulo de negatividade. Felizmente, ao mesmo tempo, nos lembraremos para sempre como uma época bastante favorável para a música.

Para resumir um pouco do que o ano foi na indústria fonográfica, a equipe Música Pavê votou e elegeu os dez ícones, entre bandas e artistas solo, que trouxeram aquilo que foi de mais positivo para a música no Brasil e no mundo, tanto em qualidade quanto em relevância.

David Bowie

“2016 foi o ano de Bowie, mesmo que ele tenha nos deixado nos primeiros dias de janeiro. Enaltecê-lo como um dos artistas do ano para nós, no entanto, não é só uma forma de homenagear toda a obra deste gênio, mas, também, de lembrar que em 2016 Bowie nos entregou um disco incrível, rodeado de misticismo e de uma grandeza artística enorme. Simplesmente eterno” (William Nunes)

Solange

“Dizem que Solange vive na sombra de sua irmã, mas isso não a impediu de lançar um dos melhores discos de 2016. Fazia anos que a cantora não lançava algo deste tipo, mas ela finalmente apareceu e nos deixou de queixos caídos. A Seat at the Table, terceiro álbum lançado em sua carreira, é repleto de músicas dedicadas a constante luta da população negra, mas, mais especificamente, a luta da mulher negra. O disco nos conta uma história incrível e, ao mesmo tempo, Solange revelou um lado novo de si – mostrou quão fortes são sua voz e suas letras, e também que é tão poderosa quanto sua irmã” (Carolina Reis)

Céu

“Mais uma vez, Céu nos mostrou por que é uma grande artista e dona de uma das vozes mais fortes nos últimos anos. Em 2016, a cantora apresentou Tropix, disco que exalta a sua grande capacidade de composição e interpretação. O mais interessante desse ano é ver como a artista foge das suas próprias amarras e explora novas sonoridades, expandindo muito o seu universo musical. Isso só ressalta o quão talentosa Céu é” (William Nunes)

Alicia Keys

“Mantendo-se verdadeira àquilo que acredita, a cantora, instrumentista e produtora deu a cara (sem maquiagem) à tapa na hora de promover sua verdade e seu álbum Here, talvez o melhor de sua carreira. Com toda força, beleza e resiliência como mulher negra e como mãe, Alicia usa sua música e seu talento para seguir como um belo exemplo de ‘celebridade’ a ser seguido” (André Felipe de Medeiros)

Liniker e os Caramelows

“Quando o vídeo de Zero, hit maior de Liniker, foi lançado em 2015, os olhos se voltaram para a artista. A pergunta que fazíamos no começo de 2016 era se o seu primeiro álbum cheio seria tão devastador. Foi. Mas, para além da música, Liniker foi uma figura muito importante neste ano. Uma artista que se posiciona perante racismo, homofobia, igualdade e direitos humanos, quebrando paradigmas e instituindo o seu próprio conceito de arte, merece ser vista e ouvida” (William Nunes)

Zayn

“De braços dados com o produtor que ajudou Frank Ocean a ser quem é, o ex-One Direction assumiu seu lado anti-pop para inaugurar sua carreira solo em uma empreitada que, ainda que conserve-o no centro do mainstream, revela a ousadia de quem não teme deixar seus tempos de boy band cada vez mais para trás e abraçar uma sonoridade contemporânea e lado-B” (André Felipe de Medeiros)

Karol Conka

“Karol Conka vem agitando as playlists dos brasileiros faz um tempinho, mas a rapper nos mostrou nesse ano que chegou para arrasar e ficar. Conka amadureceu como artista e mostrou isso claramente em suas performances – não é à toa que vem tocando em palcos cada vez maiores. Em 2016, ela não só arrasou no palco do Lollapalooza, por exemplo, como também nos presenteou com uma bela performance na abertura das Olimpíadas no Rio de Janeiro, deixando os gringos também de boca aberta. 2017 será um ano de muitas outras conquistas para a rapper e não vejo a hora de ver o quão longe essa artista maravilhosa vai” (Carolina Reis)

BaianaSystem

“BaianaSystem é um dos grupos mais importantes do cenário musical brasileiro neste ano. Aclamado por público, crítica e músicos, é (mais uma) prova de que a música alternativa, que não tem espaço em rádios e televisão, vive muito bem, obrigado. Prova também de que o underground não está abandonado de público ou de trabalhos de grande qualidade artística” (William Nunes)

Beyoncé

“Como o nome mais poderoso da música pop de hoje consegue manter-se em relevância? No caso de Beyoncé, a resposta veio com Lemonade, um disco visual lançado sem muito aviso prévio que reúne alguns dos melhores produtores do mundo. Impondo-se como mulher e como negra, a diva viu seu reinado prolongado e nós, meros súditos, seguimos na admiração e respeito” (André Felipe de Medeiros)

Radiohead

Diante de um ano bem esquisito, diga-se de passagem, os ingleses do grupo Radiohead ressurgiram aos palcos alegrando bastante o público europeu e norte-americano. Ainda teve o álbum A Moon Shaped Pool, que trouxe boas canções, e serviu de pontapé para o quinteto mais introspectivo da Inglaterra voltar aos grandes palcos. E 2017? Bom, o ano já promete o grupo como atração principal do grande festival Glastonbury, e olha que ele mal começou” (Rubens Filho)

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