Cobertura: MECA Festival SP

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(Fotos: I Hate Flash)

Sempre tive altas expectativas com o MECA Festival. Em primeiro lugar, pelo seu formato pouco pretensioso. Em segundo, pela sua escolha de locações relativamente privilegiadas de um certo charme e sempre com edições detentoras de um line up cheio de bandas boas e que você provavelmente não veria como headliner em um festival de maiores proporções. Nas últimas edições – e desde a sua primeira em SP -, acabei não indo por falta de tempo para me locomover até o sul do país e, infelizmente, por falta de interesse por um lugar tão anti-festivais como o Metrópole (casa da edição paulistana no ano passado).

Neste ano, a proposta era mais tentadora: Um hangar no campo de marte, o mesmo local que abrigou o Planeta Terra Festival do ano retrasado, com bom potencial quando bem explorado. Logo de cara, o MECA não decepcionou: o espaço era gigantesco e permitia a mobilização de todos os presentes, os food trucks bem distribuídos e sem um preço absurdo, o open bar de cerveja e o palco dentro do hangar – que era um caso à parte – tinha o charme característico da proposta do festival. A estrutura do evento funcionou durante todo o dia, exceto o esquema dos sanitários,que acabou recebendo uma demanda maior que o normal por causa do open bar, e as tendas externas que sofreram com as caixas de som pequenas e de pouco alcance.

Os shows se sustentaram pelo line up responsável e resultado de uma boa curadoria.

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O primeiro grande show estrangeiro foi da banda inglesa Citizens!, que havia tocado apenas uma vez no Brasil e nunca em São Paulo. Com a mistura de músicas pouco conhecidas do próximo álbum e hits como True Romance e Lighten Up, a banda fez um show animado principalmente pela presença calorosa do vocalista Tom Burke.

Porém quem garantiu a noite mesmo foi a cantora Aluna Francis (AlunaGeorge), que subiu no palco sem sua dupla George Reid, mas não deixou nenhuma dúvida que consegue resolver tudo sozinha. Para quem estava esperando um show eletrônico, levou um susto ao sentir ver uma performance levada pelo R&B com boas percussões e muito talento da cantora. Tocou quase todas as músicas do seu primeiro CD, além da faixa em parceria com Disclosure (White Noise), fazendo todo mundo cantar junto. Para encerrar, nada melhor que o grande hit da banda, You Know You Like It numa performance impossível de ficar parado.

La Roux, a mais esperada da noite, fez um show que vingou principalmente pela animação dos presentes. De forma tímida e se soltando aos poucos, ela passou pelas principais faixas do seu novo CD e também pelos hits do seu primeiro trabalho, agradando a todos os presentes, que cantavam junto praticamente todas as músicas. Infelizmente, o playback foi claro pelo descuido da própria que, em uma das músicas, desencanou de encenar. Ao que entrou em sua última música, quem tinha dúvida ganhou a certeza: Bulletproof foi a única faixa cantada ao vivo, mas não pense que ela fez por menos. La Roux conseguiu agradar a todos e fechar uma noite incrível no campo de marte.

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