Bárbara Eugênia em Belo Horizonte

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Confesso que sempre me senti um pouco aéreo em relação à MPB por gostar muito de Rock, o que – tenho certeza agora – me trouxe muitos prejuízos musicais ao longo de minha adolescência. Não só a música Popular Brasileira das antigas, os artistas da chamada “Nova MPB”, carinhosamente apelidados pela mídia, nos últimos dois anos em especial, atraíram minha atenção e ajudaram a mudar minha cabeça em relação a este estilo musical tão a cara do Brasil. Estes compositores novos traziam de volta a juventude para um gênero já marcado por velhos de guerra da nossa cena musical, como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que ainda enchem plateias, mas com shows lotados de saudosismo. Dentro destas novas caras, muitos me chamaram a atenção, mas em especial a cantora Bárbara Eugênia tem um papel importante neste processo de ouvir de forma mais prazerosa a música tipicamente feita por aqui.

A cantora paulistana, após lançar o disco Journal de Bad em 2010, colocou nas prateleiras o belo É O Que Temos, agora em 2013, que teve a produção do grande Edgar Scandurra. A cantora mostrou no disco uma excelente qualidade musical e também que veio para ficar nesta nova cena da MPB no Brasil. Apaixonado pelo disco, tive a oportunidade de ver o show da cantora nesse fim de semana aqui em Belo Horizonte e, é claro, me surpreendi.

Após aguardar duas longas horas, o espetáculo da nova MPB começou, mas primeiramente com o show de abertura do músico Pélico, que também esbanjou talento. Longo amigo de Bárbara, o músico fez questão de elogiar a cantora que subiu ao palco minutos após sua apresentação.

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O público, pequeno para a lotação da casa, vibrava com a subida da cantora no palco, afinal, as pessoas que estavam ali a trouxeram através de um site de crowdfunding, fazendo do show algo particular e pessoal, e foi bem assim que Bárbara se comportou durante toda a apresentação.

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Abrindo o show com a  música Coração, a também faixa de abertura do disco, ela não segurou sua banda e tocou quase na íntegra o álbum recém-lançado e com o aditivo de uma música, a canção Recado, de Pélico, que subiu ao palco e encantou a plateia com sua performance em conjunto com sua grande amiga musical.

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Assistir à apresentação de uma artista da nova cara da MPB fez com que minha admiração pelo estilo musical crescesse ainda mais. A performance de Bárbara encantaria até os mais ortodoxos fãs dos antigos artistas brasileiros do gênero, que com certeza dariam o braço a torcer e concordariam comigo que a MPB está jovem e repleta de talentosas novas caras.

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