5 Mulheres que Marcaram 2011

2011 está em suas semanas derradeiras e é sempre um momento para avaliar, traçar panoramas e listar os melhores no mundo da música.O ano foi relativamente morno em lançamentos das bandas consagradas no cenário alternativo, mas com algumas (porém interessantes) revelações se sobressaindo, o que abriu espaço para as talentosas compositoras e cantoras mostrarem seus excelentes trabalhos. Listo aqui cinco dessas mulheres que levaram o poder feminino ao cenário musical e se destacaram durante o ano com ótimos sons.

PJ Harvey

É impossível não começar essa lista sem citar o nome de Polly Jean Harvey. A inglesa superou todas as expectativas com o seu décimo álbum de estúdio, entitulado Let England Shake. em fevereiro desse ano. A multi-instrumentista literalmente “chacoalhou” a todos, narrando nesse registro musical momentos históricos e a sua ligação com a terra natal de forma delicada e ambígua. PJ Harvey liderou algumas importantes listas de álbuns do ano, como a da NME, e recebeu o renomado prêmio Mercury Prize, além de ter realizado uma das melhores apresentações da última edição do festival Coachella.

Feist

A canadense Leslie Feist retorna às atenções dos críticos em 2011 com o seu quarto álbum, Metals. Depois de passar um bom tempo isolada para a criação do novo álbum e  enfrentar toda a pressão causada pelo ótimo The Reminder (2007), Feist nos apresenta um trabalho diferenciado e, num primeiro momento, até estranho para os ouvidos de antigos apreciadores – acostumados com a pegada mais pop – porém com uma ótima e madura sonoridade apostando em elementos  do country e do folk, refletindo em ares melancólicos na sua composição.

St. Vincent

Annie Erin Clark, o nome por trás do St. Vicent, é uma daquelas vozes que te encantam logo na primeira audição. As melodias, letras por vezes destrutivas e timbre agradável logo conquistam a todos numa relação de amor e ódio. Annie, teve a felicidade de trabalhar com importantes e talentosos nomes como, por exemplo, Sufjan Stevens. A artista, carregada de referências tanto no plano cultural com o uso de filmes, seriados de televisão como no plano pessoal com uso de simbologias e metáforas de sua vida, brinca muito bem com  isso em sua música aflorando os mais diversos sentimentos. Strange Mercy, lançado em setembro desse ano, conseguiu reunir aspectos não explorados diretamente por Clark como recursos eletrônicos e por vezes guitarras com uma distorção mais evidente. Letrista extremamente criativa, Clark manipula com maestria os versos com a intenção de elevar o grau de dramaticidade do álbum. Strange Mercy figura em primeiro lugar na lista de melhores discos do ano da Consequence of Sound.

My Brightest Diamond

Shara Worden é um outro destaque desse ano, com o seu terceiro álbum All Things Will Unwind. Shara também já trabalhou contribuindo com Sufjan Stevens e realizou turnê com o The Decemberists na lacuna de 3 anos desde do seu último disco. Neste registro, a artista combina elementos de ópera, mesclando a música clássica com algo de cabaret, pop propiciando uma identidade confusa, borderline, porém grandiosa nas composições.

Amy Winehouse

Encerro a minha lista com um nome aparentemente destoante dos outros, mas não tem como desmerecer tudo aquilo que Amy Winehouse  representou em 2011. No dia 23 de Julho, o mundo inteiro se chocou com o a morte precoce da estrela contemporânea do Pop e Jazz. Apesar desse episódio trágico da música, Amy nos presentou em dezembro com um álbum póstumo composto por algumas músicas não publicadas, demos, duetos e até versão de Garota de Ipanema, chamado Lioness: Hidden Treasures. E são, de fato, pequenos tesouros musicais. Apesar de algumass faixas serem retrabalhadas por Mark Ronson, aqui podemos visualizar uma Amy natural, serena, quase que nos fazendo esquecer da vida tumultuada da cantora e focando na sua voz poderosa, na sua versatilide. Uma grande artista.

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1 Comments on “5 Mulheres que Marcaram 2011

  1. Feist e PJ Harvey estão na minha lista de álbuns favoritos do ano, mas St Vincent e My Brightest Diamond também são demais. e MERECIDÍSSIMA a citação da Amy, uma das músicas mais autênticas dos últimos anos. Muito bom.

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