Grafite, trip hop e política na arte de Robert “3D” Del Naja

Antes de fundar o Massive Attack em 1988, Robert Del Naja – também conhecido como 3D – já fazia arte em Bristol, na Inglaterra, grafitando pela cidade contra o governo Thatcher, em uma época anterior a Banksy e a noção de arte urbana que temos hoje.

Educado pelas ruas, 3D aprendeu arte às avessas, primeiramente se interessando pela estética que invade os espaços públicos para depois buscar os trabalhos que invadem as galerias e as convenções de belas artes, inspirado por Haring, Basquiat e Warhol. Seu trabalho visual reflete a densidade, engajamento, ritmo e tons do trip hop que faz com o Massive Attack, com elementos contemporâneos, étnicos, eletrônicos.

Além da capa de seu disco Heligoland, ele ilustrou quatro discos do Unkle. Um deles, War Stories (2007), inspirou uma exposição no ano seguinte que logo chamou a atenção de críticos de seu país de origem e da comunidade internacional. Batizada de War Paint, suas telas trazem a experiência impactual do grafite com a seriedade dos temas propostos e a frieza das batidas trip hop.

Conheça abaixo alguns de seus diferentes trabalhos ao longo dos últimos anos, seguido do bonito videoclipe do Massive Attack Protection, dirigido por Michel Gondry.

Protection (1993)

Compartilhe!

Shares

Shuffle

Curtiu? Comente!

1 Comments on “Grafite, trip hop e política na arte de Robert “3D” Del Naja

Sobre o site

Feito para quem não se contenta apenas em ouvir a música, mas quer também vê-la, aqui você vai encontrar análises sem preconceitos e com olhar crítico sobre o relacionamento das artes visuais com o mercado fonográfico. Aprenda, informe-se e, principalmente, divirta-se – é pra isso que o Música Pavê existe.